sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Tudo muda Mas é Sempre O mesmo




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A gruta

Foram os passos que nos derão o poder de algo íngreme, resultante da sutura ao escondido
Cristalecidos sob fogo das esteiras do paraidílico amor
Rompidos da alcova fosca de nossas atuais condições
Sempre ao eterno delírio do prazer contínuo
Sexualizados pelo ar doce ar
Pecaminoso com lábios cansados de sorrir
Mova as estrelas com seus olhos de centurião
Caia para o alto como sinal de algo resplandecente
Seu espiral momento em ação
Agora, nunca, sempre...palavras
Obscuras e dilatáveis
Como manteiga mórbida salivar
Um monstro de peles claras roubando o mel
O ouro perdido
A flor sem luz
quanta estupidez..

..exuberância
eis o nome deste mundo que os cerca
tudo se resume á esta vocalização absurda das nuvens
mas é
sim é
você sabe que é
só não qué
mais uma vez
se perder na selva
correr para uma gruta
e começar tudo de novo.

A linha negra

Bem, vamos rápido:
Morra, fe´ da puta!
Pedaço de carne ingrato que levou outra á podridão!
Tens aqui uma folha limpa
Um objeto clássico
Uma sombra única
E cai na armadilha como havia lhe avisado...
És igual
O igual não tem valor
O igual repete
O igual é turvo
O igual é você e eu no mesmo copo.
Ali esta o país das armadilhas como disse quando estive no inferno de Hades
Quando conheci seu fogo e nenhuma mão interrompeu minha queda
Minha desgraça oculta
Mal dita
Desfigurada
Então vá! Vá para a própria guilhotina
Para o cadafalso da “feliz” escolha
Sou eu mesmo o corrupto de mim mesmo
Desprezando os iguais e amando os desiguais.


Alguns motivos para não se Ter motivo algum



Nossa maldita mente nos engana
Maldita é, antes de mais nada, um elogio
Tênue e sóbrio
Do interior dos homens pávidos
Elementos da sub nutrição primata
Que padecem de si mesmos




Os netos de meu filho andarão pelados pela rua
E rirão de seus bisavós estúpidos
Que se atinham as demais mixarias de suas almas
Á troco de algo tão logo desmentido



O que vemos são cores?
São criaturas vivas que pintam a ilusão perfeita!
Os olhos são como a boca
Sentem fome
Fome de cores
Fome de captação
Transformem tudo em preto e branco!
E verão caveiras como em raio x
Caveiras pálidas porém mágicas
Tão quanto tudo possa ser diferente
O ausente se faz presente




Criem nomes, mas não criem fomes
Salvem seios, mas não faça-os feios
Pintem idéias, mas não leve-as sério
Façam coisas, mas que sejam coisas
Matem menos, quando for preciso
Descubram o que esta por trás do amor, seja o que for
Esqueçam este nome, refaçam o seu
Deturpe a sentença, obedeça o nada
Defina o dia, quando este existir
Machuque a noite, com sua felicidade
Não siga os cegos, eles tropeçam e caem
... em buracos sujos
Forneça sua vida, ao retentor de solidões
Saiba que nada esta de fora, é refeito a cada instante falso
A mentira se chama verdade, e verdade é o que menos aparece
A igreja já muito velou, agora será velada
Todos os termos da união serão demolidos!
União nunca foi o que se está
O que se está se chama insânia
E esta se estabelece,
Se multiplica
E se acaba numa bela tarde de verão..
Pouco se importam a luz e as estrelas
Você cairá ao chão
Com um braço ou não para segurá-lo
Apenas ali
Como um objeto microscópico do universo
Tentando mil motivos para ser feliz
Se convertendo a tudo quanto deleite
Para cair no alívio da dor
E sentir o prazer correr-lhe as veias.





Animais vestidos


primeiro panfleto da loucura


“ A vida é terrível!”, disse o animal
“...mas por isso se faz bela.”, grunhiu o outro

nosso segredo é a vida
nosso desejo é a morte
escolher a melhor maneira
isso é o que fazes
talvez fezes
entre teses
em reles

outro mal repentino
pelas janelas do destino
o paraíso encontrado por tantos outros
doidos da noite
felizes do dia
ou cadentes centelhas de fel
mendigo das iguarias do império!
do sol, não do papel de bolso

sou um animal vestido
com aquilo que brotou de alguns cérebros
e moldado por mim
virou identidade
dentro da cafona razona

pêlos, instintos, multiocasionalidades
corpos carcomidos roubando a cena dos imponentes
procuro ainda uma arma para disseminar esta maledicência...

sois vitrine das imperfeições!
Sem ela nada se movia!
O perfeito morre
Ele não precisa viver
O que é perfeito não busca
O que é perfeito é morte

Dê para mim seu coração
Em um cesto de ossos
Dos mais heróicos personagens
Que esta terra em ebulição pariu
Não afogue sua vida
Não deturpe seu devaneio
Não comprometa o fluir,
Flecha solta de todas as manhãs!
Cante a canção mais bela do universo
Aquela que pode ser a pior ao mesmo tempo!
Mas suas partículas nunca cessarão..

Você e eu nunca existimos
Você e eu não é
Hoje a tarde fui um
Ou vários ?
E agora
quem sou ?
Uma massa pensante
Vagante e sem rumo
Eletricidade conjunta fluida em caos unidos

Tem-se por animal quase tudo aquilo que não é humano
O que é humano ?
Talvez eles sejam mais humanos que nós..

Talvez sejamos fruto de um sonho
Um pesadelo do universo orgânico
Mas as estrelas nos desafiam!
O fim, o eterno fim esta distante
Na eternidade das desgraças e risadas

A tempos me confidencio sobre a veracidade de existir o estado de “vivo”
“Viver”, é uma condição ?. Se for digam-me : quem já foi morto ?
quem foi morto para provar do sabor da morte e voltar para ca para nos dizer : “Sim, estão vivos”. Quem viu ou falou com Deus ? Esta criatura tal qual Papai Noel, apenas fruto de uma imaginação vadia.. Quero uma prova da minha vivência! Isto não é vida, é delírio..
é mudança, ebulição, engano, suicídio, ternura, voz, pesadelo, conjura, ritual, demônios, letras, medo, glória, perigo, mistério, terror, temor, dívidas, encontros, mentiras, loucura, paciência (não da minha parte), eterna fuga da cobrança.

A cobrança
Ela vem para todos
Quem sabe a regra se quebre
E em mil pedaços reflita o erro
Cegando seus olhos
Comendo sua semente
Mas antes disto
talvez ainda viva
Por muito tempo

Por tanto invento de escapar
Os animais criaram um sentido de representação
E dançaram ao saber de sua estranha sina
Comeram melhor a partir daí
E tudo se fez pelos olhos e seus curtos momentos de escuridão

Conheço o tempo
E o invento em seu peito
Outra brincadeira humana
Viciada no ópio da irmã razona
Aprendeu, se orgulhou
Se esbaldou
Se viciou..
Irmã, razona
Fique apenas ali onda é necessária
Não compadeça por ciúmes de causa
Somos todos equilíbrio e sensação
Corpos, ou o que for, aqui estamos
Mesmo sem existir, aqui estamos

Segundo panfleto da loucura



Dane-se o futuro
Eu quero o presente
Que já é um presente
e ainda não abrimos

por mim, seriamos divinos reis da loucura
da diferença alegre de todos os nativos
na incessante busca pelo invisível
tão ausente quanto mil vazios perdidos

ventando como os deuses escondidos
caminhando entre outros
que não sentiram seus lindos olhos imortais
vivem cegos á procura da insanidade

a mentira é costumeira entre esnobes
e estes, se contemplam no fim do dia
contam os dedos restantes
e submetem um verbo pedante

estes tais animais civilizados estão pisando no jardim!
Cuspindo em benefício das leis!
Rosnando sobre toda conduta!
Infiltrando seu veneno mortal
Nas vias mais sensíveis do corpo!..



Mais difícil de me entender é me ler
Você demorará alguns longos fluidos de vida
Para cantar a canção escondida entre minhas letras
Esta é a única maneira de compreender
Cantando a canção escondida..




“Sob trilhos de cadentes cabeças voadoras
Nos faróis dos tristes olhos da lua,
Que sobre mais nobre falsidade,
Nunca mostrou seu lado oculto,
E jamais nos dirá o porque,
Ainda caminha o deus da imperfeição
Tão despercebido quanto o ar.”



Banido do paraíso

Sentir a brisa do sexo duplo, hilariante, fumegante, rente ao olhar do imune, do puro, do compassivo. Perder a sólida aparência, a decência, a artrose ... Querer momentaneamente ser amaldiçoado pelo medo, por correr aos trapos pela madrugada e amanhecer sorridente sem motivos. Tocar a arpa tirana sem saber se és real. Sopro chato no ouvido de um tórrido ator. Cambaleia sua altura expeça sobre os alicerces da razão. Vi crescer seu vazio faltando-lhe escoras, sem correias ou salva vidas, livre para cair no espiral do amor, no esquecimento do eterno..

Procriei feras para o mundo dos bárbaros. Cantei Lúcifer apaixonado ás crianças da aldeia. Vibrei nuvens solitárias ao avesso. Sonhei cedo e acordei tarde.. agora padeço no labirinto da dor. Tonto, asfixiado com poderes dos poeiras vivas sacerdotais. Morto com a falta de respeito ao achar que respeito é um aperto de mãos. As ruas revelam seus filmes diários com os cantos da noite. A noite revela o dia. Sempre falarei dos dois únicos deuses, claro e escuro. Os que reinam gratos pela sua força vital..

Amanhã acordaremos vivos? Amanhã respiraremos claro? Amanhã comeremos bem ? Amanhã beberemos do doce fel da terra, como criaturas expontâneas da força? .. perguntas sem respostas. O amanhã não tem respostas. Então, porque?... és fiel ao amanhã, tolo filho de Deus?! Como um devoto astuto das mentiras maquiadas trafegando pelo mar de inanições! Teremos visionários para todo o sempre, Grande dúvida do Homem?

Todos morreremos com um grito na garganta..

Sem ao menos um despejo de passado..

Seja grato á eficácia da vida..

Amamos uns aos outros até a beira do ódio..

Arvores ambulantes á procura de saciar .. a dor

A paz é fumaça no orifício do caos.


Cantes

Eu vi os membros da ressurreição vibrarem ao dia
Acesos numa lua clara e fria de dor
Clamorosos por fadiga
Cansaço extremo aos improváveis

Onde cantei as vozes escondidas
Ou caí para o delírio de outros
Foi a mostra do desconhecido
Foi o tempo já extinto

Minha noite cálida amorosa
És cuspida por quem tem entrada franca
Por quem tem leitos adoráveis a te esperar
Cega retina ao lado..
Venha para meu presente
Esqueça a fuligem do passado.

Não há limites entre a luz e a sombra

Foi um longo trajeto, mas agora estava acabado
Antes que o próprio viajante se acabe
Ou se esbarre
Com o encontro final

Sábios são os burros que
Em sua surta vacina,
Contra as dores do mundo,
Riem em si de suas besteiras

Então, devo beber do leite puro
Nas tetas da limpidez
Pois o alto chegou antes da hora
Como eu, sempre fora de hora

Maquiavélicos pensamentos angustiosos!
Malditos vermes da possessão intrínseca
Das veias humanas febris
E impacientes por poder!

Limpo, limpo, não de pecados
Sim de fantasmas
Delírios e menores
Sofríveis ironias da corte em pedaços

Devo correr desta imagem pavorosa
Este resquício de dor de antigas vidas
Crê que falo em vidas passadas
Sim, desta mesma vida

O que resta é apagar
Lamber seu espelho
Numa tarde calorosa
E pular ao lado deste
Projeto de algo não vivido.


♠ nasce, aparece, morre

Há uma resistente maneira de se modificar
Uma forte atração entre os não próximos
Aquilo explode
Aquilo gira
Gasta sua resistência
Sua energia
Desfalece
Se abomina
Definha
Odeia..
Quando ainda sabemos que assim é
Como poderíamos cumprir nossas metas?
Sopradas ao vazio das coisas
Não o vazio libertador

Deveríamos nos encontrar com Moret ao fim da tarde
Não nas escuras da madrugada fria..
É improvável nosso destino
Reservado á uma cadeia de acontecimentos
Sem precedentes
Ao fim do universo..
Que mentira somos nós,
Enquanto não libertarmos as manhãs
E as grandes lembranças infantis
Seremos monstros
Á procura de uma razão para viver..
O palhaço da vida se diverte com o choro dos fracos
E a platéia, assiste embasbacada ao ator em pedaços...
O teto caiu sobre seus pés
As cabeças agora vivem de sola
Os cacos sepultaram a dor de seus dedos
Trouxe medos ao país da discórdia..
Bem perto da terra esta o sonho impossível
Bem próximo aos olhos as paisagens loucas
Flutuando ao ar todas as inúmeras chances
Caído ao chão, cadáveres de antigas possibilidades..


O campo prometido de Marte

Várias formas se obtiveram dentre as manhãs do jardim sagrado. O Éden foi uma mentira e uma constante mensagem do infinito continua a me atormentar, avisar, clamar, seja lá o que for. Estou aqui descalço entre os homens de pés cobertos. A razão engoliu meus dias, mas as noites imperam desde os tempos nunca vistos.
Cansei do inferno! Temos que buscar as coisas inexistentes! Só assim seremos frutos da árvore sagrada.
Minha lívida sombra, tu que vives como ente desta concha de alucinações perenes quanto a tudo, que carregas sem dúvida a feita sorte de não aceitá-la, a limpa corte de cair em pé, ou, no mínimo, a mais rara aparição da existência - corre contra o vento porque gostas de sentir um tapa desconhecido, engole poeira no paraíso! O que dizer desta criatura?!
Salvem ! Salvem ! não á ele, sim á vocês, meus vizinhos! O colapso do mundo é curto! O vento acaba a cada instante! O Céu nunca será o mesmo! A vida nunca existiu! O tempo sempre enganou! O corpo sempre tentou! E todas as criaturas inexistentes do universo serão tão somente figuras sem destino e aparência, com o infinito poder de tudo mudar..
Vamos , mudar a sombra do sol, viver sob um intenso farol, sem obrigações que não sejam as da vida, correr todas as manhãs como loucos mortais querendo imortalidade, prometer a morte da culpa ... a morte de todas as incongruências .. de todos os mortos.


O exorcismo da manhã ausente

Na noite passada mataram um Rei
Derreteram seus olhos na caldeira santa da dor
Levaram seus pedaços pela praça pública
Viram sua agonia cair junto a noite..
O seu poder mesquinho foi, foi e foi
Agora é nada
o vazio absoluto
Encontrou novamente
Seu escravo auricular

Ele cantou antes na janela
Mostrou a lua sorrindo de seu inferno
Fez-te procurar uma saída
Um único buraco de rato para se esconder
Não achou...
Aquele caminho o chama tempos em tempos
Ele o detém....
Ele o quer...
“Venha até mim, ato feito! Matá-lo-ei uma noite!”

sim, eu sei disso tudo
como colocas mais uma ferida em meus braços
em minha válvula vital
queres o fim de quem nunca quis o fim
algoz covarde sepultador de árvores líricas!

um abraço
um beijo
e uma lembrança de amor...
morra com isso, maldito.




Olho gilvaz



Sobre as ruínas do antigo império habitam agora os homens libertos
Acordando ao nascer do sol
Esperando a lua para conjurar seu mal
Alguns remanescentes do caos
Imposto pela talvez única lei imponente
A que todos se emaranham ao entardecer
Ou como uma cantiga feroz entoada ao deus da unidade
Repartida em diminutos crimes mortais
Prontos para adquirir um erro
Um pequeno erro que denomina a verdade do universo
E talvez vença o rancor com belas melodias nas florestas esquecidas

Os filhos da revolução padecem agora
Bem longe do sonho infindável
Morreram com ele nos olhos
Como primos ausentes da felicidade
Lembrados por sua falta, não por sua disposição
Confundidos entre os errados do mundo!
Ou devorados em jantares intelectuais na soberba noite burguesa!!!...

Quem derribar para o lado do fracos comerá de sua mesma medíocre comida
Sentirá de seu mais profundo pesadelo de medo
Da inquietude supra natural dos estímulos soterrados
Escorregando aos pés pedindo por serem lembrados
Sois a víscera da escuridão oriunda do próprio declínio!
És então figura entre figuras desfiguradas em figurinos subalternos !
Eu?! compartilhar de seus horrores de verão?
Configurar meu lóbulo frontal
Ou minha glândula pineal para o maior desfrute da razão?
Talvez seja a coletividade o verdadeiro inferno
O vazio intenso de pertencer a um senhor

Me salve de seu correto modo de andar!
Corrompa sua escuridão com a luz do olho gilvaz!
Como estão, filhos da revolução?
Surpresos com os filhos da evolução?
Os sacerdotes do ninguém!
Os anjos de lugar nenhum!

Quem sabe o nada esta à espera do todo
Em uma esquina solitária
Bebendo de seu sangue mais natural
Colhendo um pouco da recepção absurda das energias

Mais um grito na noite!
Será mais uma alma acordada?
Meu coração deseja este despertar à segundos
Poucos segundos
Que repetem à tantos segundos

Não,
Foi só mais um triste sonho contemporâneo
Caindo por terra e chorado por seu órfão

Ordinários seguidores da rotina
Se divertem com o mesmo brinquedo
Sentamo-los numa gangorra!
E por toda eternidade terão sua fraca vontade satisfeita

Sou o derradeiro princípio do fim
Minha ida se da pela maledicência da volta
E, como toda volta, se completa com algumas idas

Sim, agora visualizei a ilha secreta de nossos pensamentos
Estamos sempre a capturar do ar a satisfação em continuar
Sem um caminho estipulado
Sem uma rota em mãos
Somente pensantes momentos do vazio

Como rodeados de seres criados pelas mãos de deus do homem
Denominados objetos por seu criador
Agora desejam ainda continuar a crer
Em algo como ele?

Esfera em ebulição
Criando uma camada gelatinosa de substâncias variadas
Um movimento, um ritmo
Nenhuma causa, nenhuma razão
Sem chegada
Com a saída completamente descartada

O giro
A espiralização
A viajem
A mesma maldita certeza
Nos confunde na hora mais importante
Nos deixa escapar o contato com o resto de nós mesmos
Infringindo um presente combinado a um passado futuro.


Poema sobre a explicação para todas as coisas

Começo aqui...












































...termino aqui.

Qual Utterson

Assim qual Utterson caminho entre os homens da perpétua sebe, comparando todos os artifícios e custando á acreditar num futuro. Represento o dia então esperado, uma eterna ironia, um suspiro quebrado, rompido com as armas, caído na areia do sol ardente do encontro entre as deusas da terra.
Deus nunca seria um homem, ..só existem deusas.
Somos insanos captadores de emoções, sentimentalistas errôneos sobre a face da única saída, comprando o ódio em sacrifício da dor!!! Somos quem?! Somos como?!
Me separe das correntes mal incendiárias, me livre do inferno imposto, vamos limpar a mácula, a macualíssima fronte enfrodal constante entre pilhas de ruínas cerebrais que dissolvem memórias livres.....

Vamos para a terra de Utterson dançar ao som da lua, em fogueiras de espíííííritoooo....!...
Diga-me a cor do sol generoso e lhe direi os caminhos da alllmaa.....
Na cidade dos Novos não existe depois.

Estou para fundar a Cidade do Novo! Onde nada, absolutamente nada será repetido. Onde
queremos sempre o desconhecido.
Hoje, vivemos no mundo morto, caindo em si mesmo, podre e degenerado.


Sexo incontido aglutinado

Mesmo que sejas um fanático, altivo, espontâneo, íngreme, salivar, pedante, perene, ausente, descrente, comumente imparcial perante a falta de nexo conexo emaranhado de satisfações oriundas do acaso, ou não, fecundas diárias manias parasitas do amor, onde encontramos o desejo de estrangulamento dos prazeres a competir com si mesmo por algo morto e sem valor. Neste caso desejemos o fim, para assim, morrermos bem, mortos e fodidos, contra tudo e contra todos.

Alguns animais ainda não podem sequer olvidar o poder contido nas veias arteriosas vermelhas e quentes que carregam um fluxo vital constante irrompendo o vazio com sua emanação constante neste corpo liso e satisfatório onde carregam seu tesouro para longe afim de comunar o mal excitado contra todas as formas sadias de se viver.

Acredito na plena entrega ao delírio do prazer. Sabedoria enviada xulamente onipresente.
Eis a vontade, meus simplórios. O ódio, a dor, o tempo, o vento. São nossos! De nosso corpo. Sedento por aquilo escrito duas linhas atrás.

Um sopro é necessário para o sexo das flores. Seu microcosmos criador jogado á existência junto a um delírio de prazer! Porque temem isto??!! Porque o escondem sob o tapete que os cobrem??!!

Somos nós os tolos despercebidos, os óbvios demais. Agora penetrei na fonte, e dela, sinto a falta de faltares. Aguardava por mim um reino e deste reino, nada visto ou falado, se mostrou. A mentira é mãe da verdade e seu pai....é desconhecido.

Você já viu Deus? O ouviu, o convidou para um jantar, o comprimentou na rua, não.
Você já sentiu Deus? Uma figura estranha , sem forma, escondida, misteriosa, oculta e rígida como um pai que não deseja a glória de um filho e o obriga ás piores humilhações frente a pacata humanidade desconexa de odor de vida.
Sei que nada disso importa porque após amputarmos as pernas ainda as sentimos por um tempo.

Sodoma e Gomorra esta de volta, ou quase de volta. Ela se eflui rapidamente nas rapinas descampadas e esquecidas pelos filhos de Deus. Agora és seu possuidor e dele nunca se abastará. Trocaram os nomes mas os bichos são os mesmos.. me lembro de contar essas estórias para alguém..mas nada adiantou...

Sexo sexo sexo sexo
Um movimento hostil
Que se repete intensamente
Confunde corpo e mente
E lhe coloca no altar do deuses

Acolhido de volta este sabor de refluídas manobras no mundo para – astral, reforçado nesta grande reviravolta do destino, existe uma voz a colocar o trem nos trilhos. Levá-lo contra a queda e compartilhar em ti sua fatura.
Agora me lembro... dentre os móbeis cantei paródias.. brindei cantarolando lendas.. morri perpetuando sendas.. neste instante faço parte dela, como e durmo nela, sento e faço festa.
Combine dor e prazer e verá a efluência da vida.



Vamos nascer de novo

Muitos dizem que o corpo cria a mente
Porém algo esta errado..
Excite a mente
Não verá mais corpo
Não terá mais membros
Não será tão fosco
Será mesmo inteiro
Frente o verso e o avesso
Límpido como um vento
Fraco, leve, distinto
Sob uma forte luz de clareza
Sobre um planalto de ilusões
Um interminável fim de si mesmo
Até o alarde final...

Acordei novamente
Nasci e nunca nada vi
Do nada
Surgi desatento
Procurando um momento
Uma auréola resposta
Néctar de nós mesmos
Olhei um mundo primaveril
Nudismo, sexo, espírito..
Vi cenas, dramas, comédias e desapegos
Agora tudo era perfeito..

“Estávamos mortos
Por isso brindamos a vida..”

“Não existem mais ordens
Senão a mor das desordens..”

“nós estamos no Éden...
não percebem?..
a serpente nos ajuda..
a árvore é para você..
Eva, não disfarce a vontade...
Adão, seja homem!
A fruta apodrece com o tempo..
Deus não é tão perfeito..
Mal marceneiro, isto é..
Ela cai se você não comer ahahahahahahahaah!!!
Ela some se não desejar hahahahahahaahaha!!!!
Não há mal, não há apelo!!! Ahahahhaahahah!!!
Não há juízo HAHAHAHAAHAHAHAAH!!!!!”

Dormimos então ao redor da fogueira
Nosso mérito
Nossa arma
Os covardes convalescem sobre os braços Zagreus
Nossa tribo exorta a divina convenção.


Vislumbre curto da madrugada


Neste momento
De desalento
Impresso e fúnebre nesta canção
O som do vento
Seu sopro lento
Escravizado pela multidão
Acorde ao corte
Ao leve toque
A brisa fina na vegetação
Demais atento
Sobre aumento
De massa lúcida na solidão..



Eis você a me gritar
Foda-se
Vai tomar no cú!
Seja homem
...mas a derrota aponta um horizonte de não retorno
uma ausência
uma queda
eflúvio matador
o triste lembrar de um sonho
que nunca será sonhado novamente..




saia do transe
sua mão escapou da minha
na passagem do furacão..
agarre-a!
não se perca na trilha do abatedouro
não corrompa o alicerce da barreira de tudo
volte ao país das maravilhas
junto á mim, em seu sonho paralelo..




ao fechar dos olhos
carimbou sua passagem ao infinito
ali pintou, lembrou, amedrontou
perdeu o corpo e conheceu a alma
neste vidro encantador
reflexo interior da vida
vista por seus próprios olhos denunciadores ..




Acabou.


-mike cost-

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