terça-feira, 13 de outubro de 2009

ESPIRAL


Cena: Colinas novas. Colapso do humano. Dois moradores dialogam mentalmente enquanto a feminina voz circundava.


- Tudo caiu. Tudo revirou e deixou de existir. Tudo voltou ao seu parir total, ao seu fervor anormal. Um músculo santo da esfera galáctica apodrecido por nós. Seria? Num celeiro aonde me prenderam aos doze anos, conheci o mundo e ilustrei a comédia humana. Numa adega aprendi a história. Em alguma festa de noite, numa cidade do Norte, cruzei todas as mulheres dos pintores antigos. Numa Velha passagem de Paris me ensinou as ciências clássicas. Numa morada magnífica cercada por todo o Oriente, terminei minha imensa obra e passei meu ilustre retiro. Fermentei meu sangue. Minha dívida foi remida. Nem quero mais pensar nisso. Sou mesmo do além, e nada de mensagens. Um membro não-solitario de toda grande reação. Rastejando na aurora e suplicante. No solstício tudo foi como diziam. Pedras sobre nossas cabeças. Templos Maias rejeitados.
- A nova volta se iniciou. Mais um degrau. Uma subida arbitrária totalmente elucide tempos atrás, mas visível e fértil a nossa fronte. Pineal... Aflorou-se... Despejou-se... A mudança eterna agora fluiu sob as psicodélicas formas de vida.

Avistei neste instante uma caravana de pontos cardeais brilhando sobre a grama, agora tapetes de orvalho, e crescendo a cada passo... Crescendo a cada passo. A morte se tornou inútil quando o mais puro medo nos provou sua própria. Os dissidentes então crescem. Eles são apenas espiões dos grandes olhos. Os antigos sonhos eram presságios. E os gemidos pelas crenças, apenas um suspiro do macaco até então.

- Rompedor do caos? Simultâneo intento? Espremidos nos curtos anos da separação. A varredura havia ocorrido há tempos enquanto a medíocre civilização, se garantindo em tecnologia, distúrbio e deus, esperava o tempo correr... E correr... E correr... Sem o saber.
- Oito lados de uma vida regada em morte. Com o grande ESPIRAL a nos sugar sem notarmos. Fingidos ante idéias de todos os colossais abusos idiotas. “Tome um pouco de vinho”, a Lebre de Março ofereceu em um tom encorajador.
Alice olhou ao redor por sobre a mesa e não havia nada senão chá.
“Eu não vejo nenhum vinho”, ela observou.
“Não tem nenhum mesmo”, retrucou a Lebre de Março.
“Então não é muito educado de sua parte oferecer”, respondeu Alice com raiva.
“E não é muito educado de sua parte sentar-se sem ser convidada”, disse a Lebre de Março. Ofensas e desditos (risos) nunca iriam romper algo a não ser subitamente alcançando mais na percepção. A bestialização do ser se espalhou a continentes, sendo priscas eras apenas retratos de primitivos povos pagãos. Mas o ESPIRAL triangular continua.
- Sobre aqueles pequenos e quadrados deuses, que nos mostram sobre a língua a real dimensão das coisas, que indicam o octogonal quarto dos espelhos, estava ai como síndrome de um final comprimido em uma fração explosiva. Triângulos existenciais. Triângulos... Triângulos onde guardam todas as formas, onde obtêm todos os êxitos. A compreensão em sempre estar além. A tridimensional realidade que vos circunda! Agora! Livre, mais uma vez!

Nova Atlântida! Aqui gritas um agente intravenoso da consciência humana! Verás de súbito o instante e se perderá nele. Comerá seu próprio corpo quando as vozes do passado ecoar a todo instante. Quando se estreitar o caminho ao ponto ZERO. Foi apenas o fim dizendo que ali estava o reflexo, eternamente, no retorno a que tantos insistiram.

- Agora que mergulhei na rachadura negra do grande ESPIRAL obtive com o perigo e a tormenta o fluido para o novo mundo. Como uma pílula do prazer que se eleva perceptivamente a ponto de recolher as sensações corporais e mentais a tal êxito e completo delírio inconsciente que ninguém seria capaz de La parar. As novas criações, o mundo onírico.
- Você sabia que muitos dos antigos moradores da Nova Atlântida não resistiriam à dor de perder todas suas bases religiosas e ideológicas, Pouco depois um Anjo, abrindo as portas,
Há de avivar, alegre e enternecido, Os cristais já sem brilho e as chamas mortas, artísticas e filosóficas daquela época? Que o excesso de informações e o escasso teor de consciência os levaram ao aborto total das manifestações vitais e corromperam assim certo fluxo da natureza? Digamos, foram causa mortis da própria raça. Então, saímos do ponto ZERO?
- Supus um pedaço vão de vazio intenso, mas minto em fingir desespero quando o inferno foi entrelaçado como idéia de uma suposta vida terrestre.
- Perguntas bestas direcionadas aos céus como vários cabides onde se encaixara perfeitamente a razão. A bestiólica razão que suportei por anos naquela infame realidade.


Cena: Paralelos seixos de ramos Psicotrópicos entre divindades alucinógenas movem-se enquanto uma criatura se expõe na supra-realidade dançante

- Porém, quais seriam em sua opinião os laços que compensam o isolamento em que nos criou a natureza? Quais os que estabelecem as relações entre os homens? Como os amaremos se preferimos a nós mesmos? Com que direito aliviaremos seus infortúnios? Onde estará, agora, em nossas almas o berço das belas e inúteis virtudes, da beneficência, da humanidade, da caridade; inscritas no código absurdo de algumas religiões imbecis, que, pregadas por impostores ou por mendigos tiveram, necessariamente, que aconselhar o que podia sustentá-los ou tolerá-los? Ora bem, Eugênia, admite você, ainda, a existência de qualquer coisa sagrada entre os homens? Pode conceber alguma razão para não nos preferir aos outros? Supondo que minha condição seja de um preâmbulo mórbido vivo do grande intestino fluindo sobre a greta escura, e mesmo numa elevação da harmonia entre a corda ou sintonia, um semi-circulo rotacional que envolve toda minha malha pensante, um pequeno expoente atômico milenar, as antigas raças mortas e extintas servindo de bactérias mor lançando toda sua substancia caótica para o fornecimento da essência necessária para a outra volta rompedora. Esta tudo aqui! O magnetismo falho, os loucos humanos a beira da falência, a medida exata da ultra-relevancia nunca vista, os curtos fleches que lhe serviam de paradoxos, e logo, transformado em coleiras, em próteses. Estou num plano ou semi-planalto em que vejo a todos os instantes que adentro no quarto espelhado as proximidades cada vez mais amplas da verdadeira vivencia. A nova formação energética que jamais apareceu. Apaga-se a luz por um momento e em seguida outra visão aparece. Mais uma volta... Mais uma voltou. O relógio errou enquanto dormia mos sob as barbas de deus.

Cena: Um quadro cala

Fala-me o que irás fazer? Senta-te ai e diga tudo o que aparece pela ultima vez. A grossa voz do destino entoou nosso nome. A fome herdou semelhantes torpes. O menino Jesus apodreceu na cruz. A linha do tempo invadiu os créditos. Os cientistas se curvaram aos ritos e as igrejas celebram descobertas astronômicas. A serpente somos nós. E a águia esta nos céus a esperar o momento. César ainda vive. Cristo ainda morre. O dinheiro ainda celebra. A sombra do planeta esta próxima. Complexo tempo de advertências. De uma forma ou outra, resultados saem da boca do sapo. Por que o mais harmonioso dos pássaros canoros não repousava como os outros e se punha a cantar na sombra perturbadora? Ninguém sequer resolve ligar as tomadas cerebrais. Os tolos não confiam no núcleo. O muito esta dissolvido e inerte. Não há minúsculas chances de se imaginar e calcular uma reviravolta. Não nós. Que sempre aceitamos. Sempre ostentamos a verdade como um troféu pessoal e um almoço frio. Toda a culpa medida em um tonel de peles mortas.
Esta tudo branco. Mais vazio que o próprio. As letras se descaracterizam. Não há mais o que escrever.. Perdeu-se o sentido lingüístico da coisa. Deforma e atrai. Cai. Palavras não são nada. A experiência prova.
Calo.

MACACO PSICODÉLICO

Deixamos para trás a transcendência e adentramos no coração da ruína. Tudo o que mais queria...

A rua.
Adentrando a direita na rua que um dia hospedou meu corpo outro embrião de dor. Uma rua que sustentou outro eu e não há culpas a ela.
Fui como um verme que aperta uma flor que, deveras, nunca negarias!
Espremendo toda sua ultima tentativa de recomeçar. Uma besta fera que não se esqueceu do mandado do destino, aquele que o convenceu a abandonar inconscientemente a grande conquista e deitar novamente sua vida em mares mortos.
Aquele que despertou cedo demais. Endemonizou a todos numa tarde de domingo. Queria a louca explanação do pecado inexistente sobre o fogo da sexualidade! Ele foi precoce! Agora queima em seu próprio inferno, sua própria escolha.
Passou na louca madrugada ao lado. Mas como vilão. Assim adentrou sua alma. Olhou para a esquerda e viu tudo, exatamente tudo, o que perdeu.
No fim, um encontro com um estranho que de nada vales palavra. Criador de regras próprias, espero. Sei que foi esta a pior das historias. Mesmo que haja algo terrível, ainda ecoa isto a todo o momento. Um pedaço de matéria de um ciclo que ainda acontece. Ela como uma grama que me mata dentro de si mesma, como livre escolha de um momento filho da puta que seduz sabiamente a procura de alguma reação nova e salutar, fisicamente divina, uma saliva dos deuses que suspira ainda verde e alegre! A morte do único pedaço de confiança que então podes provar! Perdeu-se! A certeza é a pior coisa!!!
Não a tenha. A certeza. A pior escolha.
Na noite a luz branda cai sobre ela. É a curta certeza que me disse para matar. Criar outra. Mas o antigo é a maldição presente do sempre.
Meu medo ao enlouquecer é combustível. Isto é moeda. Não vejo separações de lados. Apenas morte ou vida em uma atmosfera ainda mais louca em que encontro esta alma. Sujeito a tudo que não é dele. Hóspede.
Ao enlouquecer. As mentiras levaram até o sepulcro de Ofélia. A sua cova fria no rio. A agudez da vingança merecida, até digo. Bem feito. Ato de retórica as insistentes perseguições idiotas. Esse sou eu, e esse é maldito!
Um pequeno fantasma esquecido e varrido ao lado. Um a menos nos instantes congelados em dias felizes. Pequenos baluartes que inspiram essa droga toda e nunca foram aceitos. Foi um choque talvez covarde. Aquele momento deu tudo e tirou mais ainda. Como um recolhimento de emoções múltiplas em tempos de utópicas epifanias do amor. Vejo-me como o eterno bandido da vida! Como o causador de brigas e açoites! Mas admiro e aceito... Sou.
Para salvar do destino, me entorpeceu em caos, sobre as paralelas linhas de erratas admitidas, uma nuvem exata da doença. Sobraram os restos do efervescente cérebro, mas a que nessa hora recorrer quando o fim é certo?
Cortando os pés das mentiras. Em minhas lúcidas lâminas paraíso. É verdade haver hoje uma mentira sóbria da madrugada. Aqui, quanto todos os elementos torpes, se evita. O espelho seria o azar em revelar. Ainda a tempo de obter um novo suicídio. Entre aqueles trajes de carnaval onde morrem seus pelos íntimos, onde decorrem múltiplas moléculas criadoras, esta você em seu casulo penitente. E todos ao redor se elevam quando apenas são restos de corpos putrefatos.
“ao verdadeiro de agora secreto sim faço parte espírito de adoração do plano um sim...”
Minha espinha dorsal como um feto se envolvendo na elétrica face e traduzindo a seu jeito, de todos os jeitos, e só. Minas e mais minas espalhadas para minha morte. Todos querem assim a cabeça do grande vilão, traidor dos bons costumes e das boas “felizes” formas de vida! Eu e meu anti-eu dizendo, dane-se, e sem remorso algum cuspo sobre os cadáveres prosseguindo assim minha caminhada. Já me tornei incompreensível, era meu objetivo! Todos os crentes na razão absoluta, ainda não sucumbida a produto de acesso. Tudo se curva a tua cara. Seu quadro pintado frente à pele de teus olhos. O sorriso simulado e ali fixADO PELA NATUREZA COMO UM DESENHO DE ROSTO NAS COSTAS DE UM INSETO.
A pele podre que veio do deserto de Jeová manchou o planeta Terra. Castraram-se as vias acolhedoras do prazer a troco de servidão e objetos! A ilusão da verdade pela razão livre. Mas quando o príncipe está à frente de seus exércitos e tem sob seu comando uma multidão de soldados, então é de todo necessário não se importar com a fama de cruel, eis que, sem ela, jamais se conservará exército unido e disposto a alguma empresa. Virei os olhos a esses nojentos. Conservei em mim o de pior para que deste restassem um pouco de coisas boas. E, sorrindo da mentira, estamos forjados a anos de rebelião, cretina inútil e mendiga, de reciclagem fecal e mal para nossa absurda humanidade que nunca ira se decompor totalmente e sempre ira comumente ao acido conservador, multiplicador. Louco, deus de línguas. O melhor se foi e isto não é pessimismo. Por que me acabo no vento que chegou das guerras, respiro o ar do passado morto andar ao lado. A inércia como fonte de vida. A glutonice escancarada! A paquidermia do cidadão de alta classe! Aquele apresentado em TV’s! Ou o farsante de vidas em terno e gravatas. Toda a escritura é uma porcaria. As pessoas que saem do vago para tentar precisar seja o que for do que se passa em seu pensamento são porcos. Todo o mundo literário é porco, e especialmente o desse tempo. Todos aqueles que têm pontos de referência no espírito, quero dizer, de certo lado da cabeça, em bem localizados embasamentos de seus cérebros, todos aqueles que são mestres em sua língua, todos aqueles para quem as palavras têm um sentido, todos aqueles para quem existem altitudes na alma, e correntes de pensamento, aqueles que são o espírito da época, e que nomearam essas correntes de pensamento, eu penso em suas tarefas precisas, e nesse rangido de autômato que espalha aos quatro ventos seu espírito, — são porcos.
Ai sei que ainda me espreitam. Artaud, Sade, Maupassant, O Chapeleiro, Rimbaud!.. Todos os loucos! E aqui fora apenas coisas que se movem. Para casa e para a Ilusão Comprada. Para cortar meus pulsos uso minha língua, por que a faca repousa apenas no olhar do assassino. Paraíso nunca foi cadeia ou cárcere para eles. Sempre ha uma sedução cara. Partem do principio do trabalho. Chamo isso de suicídio condicionado.

Nas esquinas da satisfação, estou a notar seus indícios de queda. O mentor do medo frio e opaco nota então sua musica versificada em psicose diurna constante. Elefantes que nunca esquecem quem lhe infringiu dor. Estão todos ali. Como num banquete mórbido ao velar do novo festim a Terra. Respirando La fora o organismo! Aquele que lança a maldita chama! Nos pequenos cadeados genéticos ou nos mais simples e frios delírios bestas estamos ainda a estar sempre atrás da cortina negra.
Tudo vai nascendo e formando um desenho que assim interpretamos como isso e aquilo e traduzimos com é assim e não é e mesmo assim não tocamos sua verdadeira face sua fuga sua fuga sua FUGA da civilidade escondida e desabrochada em forma de personalidade em sua cabeça! Pois pouco me importo com doutores ou professores de algum tipo, eles nunca superariam a vida! Nenhum deles me demonstrou seu total despudor para com tudo. Por isso então talvez toda essa obra futuramente pertença a alguma velhinha louca de um manicômio para ex-usuarios de LSD. Ou então comprimida numa cápsula para tomar seu conteúdo como fosse um novo intestino-visual. Não passa de coisa sem valor e coisa sem valor apenas rir se destina! Hahahahaha. Senhas e senhas para ser um bom isso um bom aquilo! Um caminho, um caminho, onde estas o seu?? Hehehehehheheheh. A mim se enverga as maneiras sobre maneiras. Os costumes e os trejeitos que dedicamos tanto valor dizendo, “são meus, apenas meus!” Estes sim são cadafalso do destino traçado! Deixar isto continuar? Onde estamos com as cabeças?? Tanto tempo adormecidos como mulas de presépio. Baudelaire! Maquiavel! Por que tão bons com a Terra? Com os homens e sub-homens? A gente toda que continuou crescendo e subtraindo, nunca repondo ou produzindo, apenas exercendo - exercendo – exercendo. Comuns e mais comuns traidores de si mesmos dispostos a te matarem por moedas. Servidores dos cães do estado. Aqueles que remoeremos em vida, pois em morte, serão apenas cheiro ruim. Ou então seria tudo um belo conto de anjos? O caralho! Toda nossa vida cercados por predadores perigosos e assassinos e nós aqui sonhando parábolas vergonhosas em livros milenares ou em parcas revistas virtuais vendendo sexo. Tudo ruiu, saiba disso. Assim limparemos os detritos e começaremos novamente a loucura.
O giro eterno dos duplos agora alcança a rotação máxima! Como fosse hora de libertar a ultima animalidade antes do tempo! Uma grande selva onde derrubaremos o antigo império podre a qual nos rodeia. Eles tem nas mãos a destruição em massa. Já não depende mais de nós. Vamos ruir enquanto é tempo, a única chance que nunca tirarão de nós. Sei que cada vez mais o cheiro da grama retorna a viver em meu pesadelo. Naquele dia rápido, com figuras roxas flutuantes, na água gelatinosa cantando e refletindo em pedras. Na noite esquizofrênica onde os livros falaram, os varais vestiram mortos e a falta de solidez apareceu. Aqueles para quem os sentimentos têm classes e que discutem sobre um grau qualquer de suas hilariantes classificações, aqueles que crêem ainda em "termos", aqueles que remoem ideologias que ganham espaço na época, aqueles
Cujas mulheres falam tão bem e também e que falam das correntes da época, aqueles que crêem ainda numa orientação do espírito, aqueles que seguem caminhos, que agitam nomes. Aqueles para quem os sentimentos têm classes e que discutem sobre um grau qualquer de suas hilariantes classificações, aqueles que crêem ainda em "termos", aqueles que remoem ideologias que ganham espaço na época, aqueles que fazem bradar as páginas dos livros— são os piores porcos.



Fim da Rua.


Elementos gritantes num novo circulo teatral soltando as cobras para aleijados mentais verem. Nos seus sepulcros escondidos por detrás das cortinas grossas, na casa da suposta lei, acha que é santo, mas é pária, é ambulante rasteiro que sobrevive da curvatura de coluna. A coluna vertebral que lhe era destinada a divindade agora apenas suporta o corpo do porco roedor. Sob as sombras da noite apenas perscruta a apresentação dos atores reais. Aguardando o momento de nos denunciar ao supremo sujo batalhão. É pelas ruas e nas madrugadas que deveríamos sair para gritar e atentar contra as ilustres figuras da cidade! Pedalando na noite quando ainda queremos mais álcool para subir as alturas! Bêbados como grandes criaturas, enquanto a corja “limpa” da sociedade dorme em paz esquecendo as dores do mundo. Nós preferíamos a bicicleta sagrada para voar nos ouvidos imbecis dos macacos que dormem! A sujeira nas pernas podres da população! Um distrito dirigido pelos BARBITUCIOS! Os reis das epopéias esquizofrênicas que estão por vir! Sobrinhos terminando obras de loucos tios construtores de armas laser. Igrejas residindo padres vaidosos com seus perfumes e camisinhas santas dormindo em gavetas a chaves. Os homens de fraque cinza com escopetas e belas palavras tentando calar as bocas loucas. Mas isto é tarefa momentânea por que otário aqui não se compra. Agora é como se a figura morena da indiana pele encontrada na briga de amigos fosse acabar comigo.. . Em alguma parte esta esperando um acesso ao passado. No princípio da sua felicidade, houve alguns momentos em que tinham estado dispostos a considerar aqueles sete anos como sete dias. Ele nem sequer sabia que a vida nova não lhe seria dada gratuitamente, mas que ainda teria de comprá-la caro, pagar por ela uma grande façanha futura... Agora pertenço ao círculo dos malfeitores. Aos irônicos e sarcásticos irmãos do mundo. Aqueles que fazem e não se arrependem. Ficamos sempre com todos os momentos possíveis. Os impossíveis sobrevoam nossas cabeças. Às vezes os agarramos e esprememos ate quebrar. Por horas nem ao menos existem. Mentem-nos e colocam pedras em nossos sapatos. Caímos à noite e lembramo-nos do dia, quando vem cobrar o que se ficou. A garrafa perdida de porres. Outros canabistas da noite. Filhos Zagreus. Elementos da cobiça pela destruição. Fogos alucinógenos nos cortando as veias, as veias, os sepulcros, os velhos podres, a corja civilizada, os carros sexuais... Tudo quanto um dia o rico sonhou esta nas mãos dos pobres que agora compram. Os miseráveis dos bares que hoje nem nisso vêem algo. A erva morre e os fígados proliferam pus. Nada pode se não tiver a coleta ao rei! O maldito imposto, que nos digam Maria e Joana. As putas do além que se condensam e mudam nosso olhar. Só que, é a aquela coisa... Tudo é difícil quando ronda o que saiu errado. O parentesco cruzado, os debiloides de farmácia, a nova missa do galo, nos hospitais públicos, as caixas e mais caixas de drogas “legais”, nada legais, algumas dão onda, mas... Deixemos de lado. O lado caiu. Junto com as famílias sadias hoje em coma. Pelo sangue de Jesus que desce pelas suas pernas! HAHAHAHA! Adoradores do espetáculo civil! Mortos relutantes! Invistam agora toda sua suposta peçonha a mim e lhe dirijam eternamente o teor fétido de suas escolhas sonsas. Me de o abismo para uma noite de núpcias! Esqueça o acaso, lei dos podres e fracos de coração. Seja você mesmo e seu destino. Não acredite em mim. Adoeça nas manhãs mortas. O que acontece é mentira. Os olhos são bocas diferentes. Quebrando as imagens. Das logomarcas. Dos santos. Dos carros. Imóveis. Meteoros. Cães molhados. Velhas. Moscas. O moscão da drogaria antiga. Pederastas de família culta. O cú Árabe! Dos grandes menestréis das leis e conveniências! O Terence e a matrix dançando sobre a internet podre. Os programadores programas já enlouqueceram com suas estruturas que desabam por um fio. O que precisa ser feito é que nossas concepções ontológicas fundamentais de realidade precisam ser refeitas. Precisamos de uma nova linguagem, de modo que para ter uma nova linguagem precisamos de uma nova realidade. É um tipo de equação urobórica, ou uma situação de desvencilhamento. Uma nova realidade gerará uma nova linguagem. Uma nova linguagem fará uma nova realidade se legitimar e ser uma parte desta realidade.
Como se fosse um dia novo a resposta pra tudo. Não. Isso é falso. Acaba se preparando para o pulo da cadeira, mas se esquece que sempre há uma cabeça a pisar. Um afeto num feto vulgar. A múltipla cavalar escolha certeira na testa do Rei! PAM! Um estopim salvo pela minha mão assassina de sonhos. Onde restou um explosivo a mais se espantou rápidos forasteiros doentes. Algoz da meia-noite lúcida de seus pensamentos. Um frio jantar, uma triste musica. Todo o real aspecto e palco para as piores melhoras. Um espécime da tribo Rapa-Nui morto por seus próprios “insights” milenares. Avistaram o que pressupunham. Como nós, bestas maquinarias.
Nada sobrou de mim, nem uma sobra de pensamento, ao menos um pouco de sossego, nada, nada mesmo resta nesse momento onde cada pedaço se esconde sobre o outro formando assim um muro de antigas possibilidades. A antiga Índia morta seria? Com seus costumes e rebolados que outrora escapou pelos vãos malditos dos dedos? Então seriam os anos 70 que agora me sugam dizendo assim, sua vida foi próxima quando apenas passou roçando meu corpo?... Já não sei mais. Quando parece claro, algo de mais obscuro aparece e acaba com tudo. Quando se torna breu supremo, ainda me engano com a chegada de uma nova fonte de luz, uma vela, uma escrota tocha, ou qualquer de suas maneiras mais sujas de clarear minha mente. Eu já sei que nada disso escolhi. As possibilidades formadas não sucumbem a meu direito. Não há direito. Nem o certo existiu. O direito então, não passa de mito. Ainda estou a suplantar erros. No chão, jogá-los-ei, para assim suspirar ainda mais alegre. Não me livro. Não me atrai cair no certo. Quero apenas reascender a morte para brindar minha vida.

Doce Sinestesia.

Passo por você quando a noite escurece e desaparece o doce sabor do preço, um imenso sujo dia que se estende com rapidez, ainda sim são servos fracos, insípidos sujeitos elevados a reis de contas. Minha mentira é sempre despejar aqui a insânia que nem ao menos tento. Uma longa e cadáver ironia. Era a noite fria que me dizia, e dizia, e dizia. Um pouco mais de ânsia para você. Quente solidão sucumbe. Era mais um que se ia. Na mesma partida. A mesma de todos. Ainda sou enganado por mim mesmo, o mesmo vilão. O em pé no escuro sem vida. O eterno bandido de si. A roupa velha e repetida bate com seu fundo anil de seduções. A indiana parte do sinal. Ainda revertera a situação. Será demais saber. Ainda espero saber. A nunca e bela piedade. Que nessa hora atrapalha e muito. Nós lutamos por nós mesmos. Ainda não acreditamos a tal ponto. Logo após nossos olhos e salivas evanescerem, suspirara a doce agonia sinestésica da incrível dependência de um destino. A imensa certeza de tudo haver acontecido á tempos. Á tempos. Tudo ao mesmo tempo. Calcinhas de piranha atacadas a vistas bêbadas de bar. Senhores falando sobre pornografia. Canivetes e idosos pós-mortos. A cabeceira da cama neste dia foi louca. Ainda estava perfumado de seu cheiro conhecido. Cada pedaço havia ficado. Loucos perdidos em mundos de aparências frias. Ainda temos tempo. Ainda temos e é só isso que temos a perder. Tempo. O verdadeiro e procurado deus. O Tempo. Em mundos. Cabeças. Estatuas mortas. Beijos proibidos. Uma loucura por sexo novo. Uma fraca voz que ainda acredita. Na penumbra se via nunca enorme sempre louco. Ainda procurava pelo próximo propósito. O destino mentiroso que nos serve. A seu fantasma alma que percorre este breve instante ainda vive. E neste momento, ainda não sei como andas. Como falas. Quem te faz. Isso é o horror inorgânico. Seria? Um cérebro novo para me caber. Olhos de profunda lembrança... Venham e percorram minha pele de raso esquecimento.

This be a... Devi

“A morte seria pouco para este se não te visse. Talvez um novo adorador de próprias falsidades. Mas não. É tudo uma bela ilusão real. Eu querendo ao mesmo tempo cair neste seu espiral de alegria. Então a luz que faltava? Ou o mesmo mistério em se machucar. A espera foi dolorosa, talvez. Mas nada que nos impeça do complexo organismo. Aquilo que deveria ser já foi. Nós agora apenas andamos para nossa praia. O fim de tudo e o começo de um turbilhão”
Foi assim que preferi a morte. Estou morto á tempos, mas ainda insisto. Todas as filosofias falharam, todos os amigos viraram pó e, agora, voltei novamente daquele jeito para a cama.
A saída era duvidosa. Pensava se não iria contar com arrependimentos ao tardar da madrugada. Mesmo assim fui de olhos altos. A ida feliz a volta morta. Olhar tua cara e ver que ali estava outra pessoa. A outra mesma pessoa.
“NÓS a procura da morte andávamos a larga rapidez frentes os olhos não possuidores de poderes ou seres microscópicos que abrangem AQUI o forte fluxo mentira ou reduto de intrigas passionais sobre arvores antigas ONDE renascem como demônios japoneses nos guiando e guinando rente o véu imaginário. O que seria de mim se não desejasse tal forma de terminar uma noite numa estrada perdida com a morte ao lado com os ouvidos cansados e pouco abaixo da real vitalidade? Com a ponta da agulha fingi ser luz SEXO que meus olhos agradeceram por opinião constante sob todos os aspectos desta insânia repentina. Você e eu morremos literalmente quando decidimos sermos novas pessoas. Assim devera ser. Mesmo na perdida ausência de um deus, ou sobre qualquer teto que DEVE um agente monetário da razão pratica e abundante, estamos a um passo. Não a sós. Com demônios e seduções, e o velho pacto com a ave imortal onde deverá ESTAR”
Isto já era.
Quero ser o câncer dos teus olhos.
“as fumaças da minha janela en chamas..
nas vias de sufocar com meu sistema
a voz invisível desta que aqui esta longínqua
você não acredita no que vê mas o que vê é neblina
por isso te venço pelo cansaço
quando o traço já invadiu o túnel de ar
e correu até a mais próxima veia
para então jorrar
divina
na mente
que exporta toda a sujeira
para um limbo diabólico e descomunal
satisfeito em saber que nada se opõe as mentiras
e que tudo se releva ao acaso
apenas um pequeno dês-progresso
uma pequena dês-ordem
um destino pisado
e terás o que queres
uma explosão qualquer
contra algum qualquer
reagente do vazio”
Sou apenas um cara que acredita em mentiras. As mentiras que conto a mim mesmo. As mentiras que escolho para me matar. Pois isto é bom. Bom para morrer. Nada aqui é auto-ajuda, mas sim, autodestruição em peso. As coisas giram como carrossel. Estou a ver navios. Nada é mais podre do que eu. Nada é mais inexplicável quanto o eterno vicio em se enforcar com palavras alheias. O fim do espiral é concentrado numa terrível descompactação dos pensamentos. O meu chega avisando. Ele corre demais á muitos dias, á muitos meses, a muitos nadas. Mais um momento tolo, que me reservou o destino falso. Na verdade, tão verdadeiro para me dizer que é assim que deveria ver este lado do mundo. Escolheram meus olhos e meus dias para sentir o horror de algumas coisas. Ninguém saberá. Não mereço ouvidos, não mereço dádivas, mereço a solidão para cantar. Cantar e cortar a língua que logo será queimada em celebração a mais pura enganação. Vous avez menti à moi, mais je me mentir à moi avant. Meu espiral diz: MINTA! Minta e aprenda seu divino dom. Est menteur. Das mais antigas caras me recordo da sua, ao me deparar com o medo de viver. Preferindo a morte certa, rápida e viril, como dizias. M'a fait croire. E agora, temo. Temo continuar. Temo temer. Quero apenas morrer, morrer, morrer,..... dentro de meu espiral. Morrer dentro de mim mesmo. Mourir pour toi.
Ceci est Devi, a mais profunda cor do medo. A flor perigosa que com sua atenção faz duras chagas. Que com suas palavras amorosas respiras para me tirar o fôlego. Mas, se assim fosse totalmente vero, do que reclamaria? A vontade que tinha era de matar a todos ali. Nunca foi tão ruim ver duas mãos diferentes serem mesmas. Estou caminhando no tempo. Agora faz sentido não ter sentido algum já que eu mesmo não irei mudar nada. A cadeia de acontecimentos é maior que nós. Somos agentes a serviço da continuação. O que diz respeito a nós nisto tudo? A morte me conduz ao desespero da premonição. A falsa premonição que somente lembrança é. Nos sedutores e macabros sonhos. A insônia é meu remédio contra os avisos do Tempo. A linha do Tempo na boca do peixe agoniado. Nadando contra a sua própria maré. Tentando voltar atrás, mesmo sabendo que nada será mudado jamais. Estou esperando aquela data fictícia, fruto de alguns contatos virtuais, reascender e voltar a viver. Acho que só assim faria que minha percepção aceitasse de forma branda uma nova volta ao redor do disco. O anti-eu esta aqui e quer levar-me de volta ao quarto escuro. Onde repousarei sem saída. Tentarei evitar. Então, se o possível me for pouco, invento outra forma de me matar. E levar comigo sua imagem ao vazio absoluto. Imagem é tudo substância é nada. Todos nós sabemos disto...

xxx



-mike cost-

Seguidores

Quem sou eu

Minha foto
uma casa cheia de loucos em festa