sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Tudo muda Mas é Sempre O mesmo




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A gruta

Foram os passos que nos derão o poder de algo íngreme, resultante da sutura ao escondido
Cristalecidos sob fogo das esteiras do paraidílico amor
Rompidos da alcova fosca de nossas atuais condições
Sempre ao eterno delírio do prazer contínuo
Sexualizados pelo ar doce ar
Pecaminoso com lábios cansados de sorrir
Mova as estrelas com seus olhos de centurião
Caia para o alto como sinal de algo resplandecente
Seu espiral momento em ação
Agora, nunca, sempre...palavras
Obscuras e dilatáveis
Como manteiga mórbida salivar
Um monstro de peles claras roubando o mel
O ouro perdido
A flor sem luz
quanta estupidez..

..exuberância
eis o nome deste mundo que os cerca
tudo se resume á esta vocalização absurda das nuvens
mas é
sim é
você sabe que é
só não qué
mais uma vez
se perder na selva
correr para uma gruta
e começar tudo de novo.

A linha negra

Bem, vamos rápido:
Morra, fe´ da puta!
Pedaço de carne ingrato que levou outra á podridão!
Tens aqui uma folha limpa
Um objeto clássico
Uma sombra única
E cai na armadilha como havia lhe avisado...
És igual
O igual não tem valor
O igual repete
O igual é turvo
O igual é você e eu no mesmo copo.
Ali esta o país das armadilhas como disse quando estive no inferno de Hades
Quando conheci seu fogo e nenhuma mão interrompeu minha queda
Minha desgraça oculta
Mal dita
Desfigurada
Então vá! Vá para a própria guilhotina
Para o cadafalso da “feliz” escolha
Sou eu mesmo o corrupto de mim mesmo
Desprezando os iguais e amando os desiguais.


Alguns motivos para não se Ter motivo algum



Nossa maldita mente nos engana
Maldita é, antes de mais nada, um elogio
Tênue e sóbrio
Do interior dos homens pávidos
Elementos da sub nutrição primata
Que padecem de si mesmos




Os netos de meu filho andarão pelados pela rua
E rirão de seus bisavós estúpidos
Que se atinham as demais mixarias de suas almas
Á troco de algo tão logo desmentido



O que vemos são cores?
São criaturas vivas que pintam a ilusão perfeita!
Os olhos são como a boca
Sentem fome
Fome de cores
Fome de captação
Transformem tudo em preto e branco!
E verão caveiras como em raio x
Caveiras pálidas porém mágicas
Tão quanto tudo possa ser diferente
O ausente se faz presente




Criem nomes, mas não criem fomes
Salvem seios, mas não faça-os feios
Pintem idéias, mas não leve-as sério
Façam coisas, mas que sejam coisas
Matem menos, quando for preciso
Descubram o que esta por trás do amor, seja o que for
Esqueçam este nome, refaçam o seu
Deturpe a sentença, obedeça o nada
Defina o dia, quando este existir
Machuque a noite, com sua felicidade
Não siga os cegos, eles tropeçam e caem
... em buracos sujos
Forneça sua vida, ao retentor de solidões
Saiba que nada esta de fora, é refeito a cada instante falso
A mentira se chama verdade, e verdade é o que menos aparece
A igreja já muito velou, agora será velada
Todos os termos da união serão demolidos!
União nunca foi o que se está
O que se está se chama insânia
E esta se estabelece,
Se multiplica
E se acaba numa bela tarde de verão..
Pouco se importam a luz e as estrelas
Você cairá ao chão
Com um braço ou não para segurá-lo
Apenas ali
Como um objeto microscópico do universo
Tentando mil motivos para ser feliz
Se convertendo a tudo quanto deleite
Para cair no alívio da dor
E sentir o prazer correr-lhe as veias.





Animais vestidos


primeiro panfleto da loucura


“ A vida é terrível!”, disse o animal
“...mas por isso se faz bela.”, grunhiu o outro

nosso segredo é a vida
nosso desejo é a morte
escolher a melhor maneira
isso é o que fazes
talvez fezes
entre teses
em reles

outro mal repentino
pelas janelas do destino
o paraíso encontrado por tantos outros
doidos da noite
felizes do dia
ou cadentes centelhas de fel
mendigo das iguarias do império!
do sol, não do papel de bolso

sou um animal vestido
com aquilo que brotou de alguns cérebros
e moldado por mim
virou identidade
dentro da cafona razona

pêlos, instintos, multiocasionalidades
corpos carcomidos roubando a cena dos imponentes
procuro ainda uma arma para disseminar esta maledicência...

sois vitrine das imperfeições!
Sem ela nada se movia!
O perfeito morre
Ele não precisa viver
O que é perfeito não busca
O que é perfeito é morte

Dê para mim seu coração
Em um cesto de ossos
Dos mais heróicos personagens
Que esta terra em ebulição pariu
Não afogue sua vida
Não deturpe seu devaneio
Não comprometa o fluir,
Flecha solta de todas as manhãs!
Cante a canção mais bela do universo
Aquela que pode ser a pior ao mesmo tempo!
Mas suas partículas nunca cessarão..

Você e eu nunca existimos
Você e eu não é
Hoje a tarde fui um
Ou vários ?
E agora
quem sou ?
Uma massa pensante
Vagante e sem rumo
Eletricidade conjunta fluida em caos unidos

Tem-se por animal quase tudo aquilo que não é humano
O que é humano ?
Talvez eles sejam mais humanos que nós..

Talvez sejamos fruto de um sonho
Um pesadelo do universo orgânico
Mas as estrelas nos desafiam!
O fim, o eterno fim esta distante
Na eternidade das desgraças e risadas

A tempos me confidencio sobre a veracidade de existir o estado de “vivo”
“Viver”, é uma condição ?. Se for digam-me : quem já foi morto ?
quem foi morto para provar do sabor da morte e voltar para ca para nos dizer : “Sim, estão vivos”. Quem viu ou falou com Deus ? Esta criatura tal qual Papai Noel, apenas fruto de uma imaginação vadia.. Quero uma prova da minha vivência! Isto não é vida, é delírio..
é mudança, ebulição, engano, suicídio, ternura, voz, pesadelo, conjura, ritual, demônios, letras, medo, glória, perigo, mistério, terror, temor, dívidas, encontros, mentiras, loucura, paciência (não da minha parte), eterna fuga da cobrança.

A cobrança
Ela vem para todos
Quem sabe a regra se quebre
E em mil pedaços reflita o erro
Cegando seus olhos
Comendo sua semente
Mas antes disto
talvez ainda viva
Por muito tempo

Por tanto invento de escapar
Os animais criaram um sentido de representação
E dançaram ao saber de sua estranha sina
Comeram melhor a partir daí
E tudo se fez pelos olhos e seus curtos momentos de escuridão

Conheço o tempo
E o invento em seu peito
Outra brincadeira humana
Viciada no ópio da irmã razona
Aprendeu, se orgulhou
Se esbaldou
Se viciou..
Irmã, razona
Fique apenas ali onda é necessária
Não compadeça por ciúmes de causa
Somos todos equilíbrio e sensação
Corpos, ou o que for, aqui estamos
Mesmo sem existir, aqui estamos

Segundo panfleto da loucura



Dane-se o futuro
Eu quero o presente
Que já é um presente
e ainda não abrimos

por mim, seriamos divinos reis da loucura
da diferença alegre de todos os nativos
na incessante busca pelo invisível
tão ausente quanto mil vazios perdidos

ventando como os deuses escondidos
caminhando entre outros
que não sentiram seus lindos olhos imortais
vivem cegos á procura da insanidade

a mentira é costumeira entre esnobes
e estes, se contemplam no fim do dia
contam os dedos restantes
e submetem um verbo pedante

estes tais animais civilizados estão pisando no jardim!
Cuspindo em benefício das leis!
Rosnando sobre toda conduta!
Infiltrando seu veneno mortal
Nas vias mais sensíveis do corpo!..



Mais difícil de me entender é me ler
Você demorará alguns longos fluidos de vida
Para cantar a canção escondida entre minhas letras
Esta é a única maneira de compreender
Cantando a canção escondida..




“Sob trilhos de cadentes cabeças voadoras
Nos faróis dos tristes olhos da lua,
Que sobre mais nobre falsidade,
Nunca mostrou seu lado oculto,
E jamais nos dirá o porque,
Ainda caminha o deus da imperfeição
Tão despercebido quanto o ar.”



Banido do paraíso

Sentir a brisa do sexo duplo, hilariante, fumegante, rente ao olhar do imune, do puro, do compassivo. Perder a sólida aparência, a decência, a artrose ... Querer momentaneamente ser amaldiçoado pelo medo, por correr aos trapos pela madrugada e amanhecer sorridente sem motivos. Tocar a arpa tirana sem saber se és real. Sopro chato no ouvido de um tórrido ator. Cambaleia sua altura expeça sobre os alicerces da razão. Vi crescer seu vazio faltando-lhe escoras, sem correias ou salva vidas, livre para cair no espiral do amor, no esquecimento do eterno..

Procriei feras para o mundo dos bárbaros. Cantei Lúcifer apaixonado ás crianças da aldeia. Vibrei nuvens solitárias ao avesso. Sonhei cedo e acordei tarde.. agora padeço no labirinto da dor. Tonto, asfixiado com poderes dos poeiras vivas sacerdotais. Morto com a falta de respeito ao achar que respeito é um aperto de mãos. As ruas revelam seus filmes diários com os cantos da noite. A noite revela o dia. Sempre falarei dos dois únicos deuses, claro e escuro. Os que reinam gratos pela sua força vital..

Amanhã acordaremos vivos? Amanhã respiraremos claro? Amanhã comeremos bem ? Amanhã beberemos do doce fel da terra, como criaturas expontâneas da força? .. perguntas sem respostas. O amanhã não tem respostas. Então, porque?... és fiel ao amanhã, tolo filho de Deus?! Como um devoto astuto das mentiras maquiadas trafegando pelo mar de inanições! Teremos visionários para todo o sempre, Grande dúvida do Homem?

Todos morreremos com um grito na garganta..

Sem ao menos um despejo de passado..

Seja grato á eficácia da vida..

Amamos uns aos outros até a beira do ódio..

Arvores ambulantes á procura de saciar .. a dor

A paz é fumaça no orifício do caos.


Cantes

Eu vi os membros da ressurreição vibrarem ao dia
Acesos numa lua clara e fria de dor
Clamorosos por fadiga
Cansaço extremo aos improváveis

Onde cantei as vozes escondidas
Ou caí para o delírio de outros
Foi a mostra do desconhecido
Foi o tempo já extinto

Minha noite cálida amorosa
És cuspida por quem tem entrada franca
Por quem tem leitos adoráveis a te esperar
Cega retina ao lado..
Venha para meu presente
Esqueça a fuligem do passado.

Não há limites entre a luz e a sombra

Foi um longo trajeto, mas agora estava acabado
Antes que o próprio viajante se acabe
Ou se esbarre
Com o encontro final

Sábios são os burros que
Em sua surta vacina,
Contra as dores do mundo,
Riem em si de suas besteiras

Então, devo beber do leite puro
Nas tetas da limpidez
Pois o alto chegou antes da hora
Como eu, sempre fora de hora

Maquiavélicos pensamentos angustiosos!
Malditos vermes da possessão intrínseca
Das veias humanas febris
E impacientes por poder!

Limpo, limpo, não de pecados
Sim de fantasmas
Delírios e menores
Sofríveis ironias da corte em pedaços

Devo correr desta imagem pavorosa
Este resquício de dor de antigas vidas
Crê que falo em vidas passadas
Sim, desta mesma vida

O que resta é apagar
Lamber seu espelho
Numa tarde calorosa
E pular ao lado deste
Projeto de algo não vivido.


♠ nasce, aparece, morre

Há uma resistente maneira de se modificar
Uma forte atração entre os não próximos
Aquilo explode
Aquilo gira
Gasta sua resistência
Sua energia
Desfalece
Se abomina
Definha
Odeia..
Quando ainda sabemos que assim é
Como poderíamos cumprir nossas metas?
Sopradas ao vazio das coisas
Não o vazio libertador

Deveríamos nos encontrar com Moret ao fim da tarde
Não nas escuras da madrugada fria..
É improvável nosso destino
Reservado á uma cadeia de acontecimentos
Sem precedentes
Ao fim do universo..
Que mentira somos nós,
Enquanto não libertarmos as manhãs
E as grandes lembranças infantis
Seremos monstros
Á procura de uma razão para viver..
O palhaço da vida se diverte com o choro dos fracos
E a platéia, assiste embasbacada ao ator em pedaços...
O teto caiu sobre seus pés
As cabeças agora vivem de sola
Os cacos sepultaram a dor de seus dedos
Trouxe medos ao país da discórdia..
Bem perto da terra esta o sonho impossível
Bem próximo aos olhos as paisagens loucas
Flutuando ao ar todas as inúmeras chances
Caído ao chão, cadáveres de antigas possibilidades..


O campo prometido de Marte

Várias formas se obtiveram dentre as manhãs do jardim sagrado. O Éden foi uma mentira e uma constante mensagem do infinito continua a me atormentar, avisar, clamar, seja lá o que for. Estou aqui descalço entre os homens de pés cobertos. A razão engoliu meus dias, mas as noites imperam desde os tempos nunca vistos.
Cansei do inferno! Temos que buscar as coisas inexistentes! Só assim seremos frutos da árvore sagrada.
Minha lívida sombra, tu que vives como ente desta concha de alucinações perenes quanto a tudo, que carregas sem dúvida a feita sorte de não aceitá-la, a limpa corte de cair em pé, ou, no mínimo, a mais rara aparição da existência - corre contra o vento porque gostas de sentir um tapa desconhecido, engole poeira no paraíso! O que dizer desta criatura?!
Salvem ! Salvem ! não á ele, sim á vocês, meus vizinhos! O colapso do mundo é curto! O vento acaba a cada instante! O Céu nunca será o mesmo! A vida nunca existiu! O tempo sempre enganou! O corpo sempre tentou! E todas as criaturas inexistentes do universo serão tão somente figuras sem destino e aparência, com o infinito poder de tudo mudar..
Vamos , mudar a sombra do sol, viver sob um intenso farol, sem obrigações que não sejam as da vida, correr todas as manhãs como loucos mortais querendo imortalidade, prometer a morte da culpa ... a morte de todas as incongruências .. de todos os mortos.


O exorcismo da manhã ausente

Na noite passada mataram um Rei
Derreteram seus olhos na caldeira santa da dor
Levaram seus pedaços pela praça pública
Viram sua agonia cair junto a noite..
O seu poder mesquinho foi, foi e foi
Agora é nada
o vazio absoluto
Encontrou novamente
Seu escravo auricular

Ele cantou antes na janela
Mostrou a lua sorrindo de seu inferno
Fez-te procurar uma saída
Um único buraco de rato para se esconder
Não achou...
Aquele caminho o chama tempos em tempos
Ele o detém....
Ele o quer...
“Venha até mim, ato feito! Matá-lo-ei uma noite!”

sim, eu sei disso tudo
como colocas mais uma ferida em meus braços
em minha válvula vital
queres o fim de quem nunca quis o fim
algoz covarde sepultador de árvores líricas!

um abraço
um beijo
e uma lembrança de amor...
morra com isso, maldito.




Olho gilvaz



Sobre as ruínas do antigo império habitam agora os homens libertos
Acordando ao nascer do sol
Esperando a lua para conjurar seu mal
Alguns remanescentes do caos
Imposto pela talvez única lei imponente
A que todos se emaranham ao entardecer
Ou como uma cantiga feroz entoada ao deus da unidade
Repartida em diminutos crimes mortais
Prontos para adquirir um erro
Um pequeno erro que denomina a verdade do universo
E talvez vença o rancor com belas melodias nas florestas esquecidas

Os filhos da revolução padecem agora
Bem longe do sonho infindável
Morreram com ele nos olhos
Como primos ausentes da felicidade
Lembrados por sua falta, não por sua disposição
Confundidos entre os errados do mundo!
Ou devorados em jantares intelectuais na soberba noite burguesa!!!...

Quem derribar para o lado do fracos comerá de sua mesma medíocre comida
Sentirá de seu mais profundo pesadelo de medo
Da inquietude supra natural dos estímulos soterrados
Escorregando aos pés pedindo por serem lembrados
Sois a víscera da escuridão oriunda do próprio declínio!
És então figura entre figuras desfiguradas em figurinos subalternos !
Eu?! compartilhar de seus horrores de verão?
Configurar meu lóbulo frontal
Ou minha glândula pineal para o maior desfrute da razão?
Talvez seja a coletividade o verdadeiro inferno
O vazio intenso de pertencer a um senhor

Me salve de seu correto modo de andar!
Corrompa sua escuridão com a luz do olho gilvaz!
Como estão, filhos da revolução?
Surpresos com os filhos da evolução?
Os sacerdotes do ninguém!
Os anjos de lugar nenhum!

Quem sabe o nada esta à espera do todo
Em uma esquina solitária
Bebendo de seu sangue mais natural
Colhendo um pouco da recepção absurda das energias

Mais um grito na noite!
Será mais uma alma acordada?
Meu coração deseja este despertar à segundos
Poucos segundos
Que repetem à tantos segundos

Não,
Foi só mais um triste sonho contemporâneo
Caindo por terra e chorado por seu órfão

Ordinários seguidores da rotina
Se divertem com o mesmo brinquedo
Sentamo-los numa gangorra!
E por toda eternidade terão sua fraca vontade satisfeita

Sou o derradeiro princípio do fim
Minha ida se da pela maledicência da volta
E, como toda volta, se completa com algumas idas

Sim, agora visualizei a ilha secreta de nossos pensamentos
Estamos sempre a capturar do ar a satisfação em continuar
Sem um caminho estipulado
Sem uma rota em mãos
Somente pensantes momentos do vazio

Como rodeados de seres criados pelas mãos de deus do homem
Denominados objetos por seu criador
Agora desejam ainda continuar a crer
Em algo como ele?

Esfera em ebulição
Criando uma camada gelatinosa de substâncias variadas
Um movimento, um ritmo
Nenhuma causa, nenhuma razão
Sem chegada
Com a saída completamente descartada

O giro
A espiralização
A viajem
A mesma maldita certeza
Nos confunde na hora mais importante
Nos deixa escapar o contato com o resto de nós mesmos
Infringindo um presente combinado a um passado futuro.


Poema sobre a explicação para todas as coisas

Começo aqui...












































...termino aqui.

Qual Utterson

Assim qual Utterson caminho entre os homens da perpétua sebe, comparando todos os artifícios e custando á acreditar num futuro. Represento o dia então esperado, uma eterna ironia, um suspiro quebrado, rompido com as armas, caído na areia do sol ardente do encontro entre as deusas da terra.
Deus nunca seria um homem, ..só existem deusas.
Somos insanos captadores de emoções, sentimentalistas errôneos sobre a face da única saída, comprando o ódio em sacrifício da dor!!! Somos quem?! Somos como?!
Me separe das correntes mal incendiárias, me livre do inferno imposto, vamos limpar a mácula, a macualíssima fronte enfrodal constante entre pilhas de ruínas cerebrais que dissolvem memórias livres.....

Vamos para a terra de Utterson dançar ao som da lua, em fogueiras de espíííííritoooo....!...
Diga-me a cor do sol generoso e lhe direi os caminhos da alllmaa.....
Na cidade dos Novos não existe depois.

Estou para fundar a Cidade do Novo! Onde nada, absolutamente nada será repetido. Onde
queremos sempre o desconhecido.
Hoje, vivemos no mundo morto, caindo em si mesmo, podre e degenerado.


Sexo incontido aglutinado

Mesmo que sejas um fanático, altivo, espontâneo, íngreme, salivar, pedante, perene, ausente, descrente, comumente imparcial perante a falta de nexo conexo emaranhado de satisfações oriundas do acaso, ou não, fecundas diárias manias parasitas do amor, onde encontramos o desejo de estrangulamento dos prazeres a competir com si mesmo por algo morto e sem valor. Neste caso desejemos o fim, para assim, morrermos bem, mortos e fodidos, contra tudo e contra todos.

Alguns animais ainda não podem sequer olvidar o poder contido nas veias arteriosas vermelhas e quentes que carregam um fluxo vital constante irrompendo o vazio com sua emanação constante neste corpo liso e satisfatório onde carregam seu tesouro para longe afim de comunar o mal excitado contra todas as formas sadias de se viver.

Acredito na plena entrega ao delírio do prazer. Sabedoria enviada xulamente onipresente.
Eis a vontade, meus simplórios. O ódio, a dor, o tempo, o vento. São nossos! De nosso corpo. Sedento por aquilo escrito duas linhas atrás.

Um sopro é necessário para o sexo das flores. Seu microcosmos criador jogado á existência junto a um delírio de prazer! Porque temem isto??!! Porque o escondem sob o tapete que os cobrem??!!

Somos nós os tolos despercebidos, os óbvios demais. Agora penetrei na fonte, e dela, sinto a falta de faltares. Aguardava por mim um reino e deste reino, nada visto ou falado, se mostrou. A mentira é mãe da verdade e seu pai....é desconhecido.

Você já viu Deus? O ouviu, o convidou para um jantar, o comprimentou na rua, não.
Você já sentiu Deus? Uma figura estranha , sem forma, escondida, misteriosa, oculta e rígida como um pai que não deseja a glória de um filho e o obriga ás piores humilhações frente a pacata humanidade desconexa de odor de vida.
Sei que nada disso importa porque após amputarmos as pernas ainda as sentimos por um tempo.

Sodoma e Gomorra esta de volta, ou quase de volta. Ela se eflui rapidamente nas rapinas descampadas e esquecidas pelos filhos de Deus. Agora és seu possuidor e dele nunca se abastará. Trocaram os nomes mas os bichos são os mesmos.. me lembro de contar essas estórias para alguém..mas nada adiantou...

Sexo sexo sexo sexo
Um movimento hostil
Que se repete intensamente
Confunde corpo e mente
E lhe coloca no altar do deuses

Acolhido de volta este sabor de refluídas manobras no mundo para – astral, reforçado nesta grande reviravolta do destino, existe uma voz a colocar o trem nos trilhos. Levá-lo contra a queda e compartilhar em ti sua fatura.
Agora me lembro... dentre os móbeis cantei paródias.. brindei cantarolando lendas.. morri perpetuando sendas.. neste instante faço parte dela, como e durmo nela, sento e faço festa.
Combine dor e prazer e verá a efluência da vida.



Vamos nascer de novo

Muitos dizem que o corpo cria a mente
Porém algo esta errado..
Excite a mente
Não verá mais corpo
Não terá mais membros
Não será tão fosco
Será mesmo inteiro
Frente o verso e o avesso
Límpido como um vento
Fraco, leve, distinto
Sob uma forte luz de clareza
Sobre um planalto de ilusões
Um interminável fim de si mesmo
Até o alarde final...

Acordei novamente
Nasci e nunca nada vi
Do nada
Surgi desatento
Procurando um momento
Uma auréola resposta
Néctar de nós mesmos
Olhei um mundo primaveril
Nudismo, sexo, espírito..
Vi cenas, dramas, comédias e desapegos
Agora tudo era perfeito..

“Estávamos mortos
Por isso brindamos a vida..”

“Não existem mais ordens
Senão a mor das desordens..”

“nós estamos no Éden...
não percebem?..
a serpente nos ajuda..
a árvore é para você..
Eva, não disfarce a vontade...
Adão, seja homem!
A fruta apodrece com o tempo..
Deus não é tão perfeito..
Mal marceneiro, isto é..
Ela cai se você não comer ahahahahahahahaah!!!
Ela some se não desejar hahahahahahaahaha!!!!
Não há mal, não há apelo!!! Ahahahhaahahah!!!
Não há juízo HAHAHAHAAHAHAHAAH!!!!!”

Dormimos então ao redor da fogueira
Nosso mérito
Nossa arma
Os covardes convalescem sobre os braços Zagreus
Nossa tribo exorta a divina convenção.


Vislumbre curto da madrugada


Neste momento
De desalento
Impresso e fúnebre nesta canção
O som do vento
Seu sopro lento
Escravizado pela multidão
Acorde ao corte
Ao leve toque
A brisa fina na vegetação
Demais atento
Sobre aumento
De massa lúcida na solidão..



Eis você a me gritar
Foda-se
Vai tomar no cú!
Seja homem
...mas a derrota aponta um horizonte de não retorno
uma ausência
uma queda
eflúvio matador
o triste lembrar de um sonho
que nunca será sonhado novamente..




saia do transe
sua mão escapou da minha
na passagem do furacão..
agarre-a!
não se perca na trilha do abatedouro
não corrompa o alicerce da barreira de tudo
volte ao país das maravilhas
junto á mim, em seu sonho paralelo..




ao fechar dos olhos
carimbou sua passagem ao infinito
ali pintou, lembrou, amedrontou
perdeu o corpo e conheceu a alma
neste vidro encantador
reflexo interior da vida
vista por seus próprios olhos denunciadores ..




Acabou.


-mike cost-

Veias de cobre, fios de sangue

A hipnose da história
Vende o terço e sobressai a virtude
Corrediço cerebral cadente
Corpo em chamas pela membrana do céu
Acima dos comedores de grãos
Pois os deuses caminham de pés no chão!
E asas no ar...
Minha chama é libertinagem
Meu ego, um tapete de boas vindas
Presenteia o dia com suas graças negrinolentas
Olha para a frente
No painel sentencional
Haverá distância nas vidas?
Haverá saída do quarto?
Haverá escuro pós a luz?....

A mão que acolhe, a mão que mata
Os sacolejos da união
Transformam em pó a antevisão
Dos acontecimentos mais carnais
Videnciam a morte por costume de causa
E sua causa, causa dor
Horror gratuito do início negro
Na paz celeste esperada
Aguardando a voraz impune
Pois perdão morre antes de nascer
E ninguém foi ou será perdoado
Correrá ao fim pedindo voz
Para dizer o que restou
Para sanar a malitude
Versificar as insânias da noite
Verdes escuras plenas
Demais perigosas para aquele que nunca ali sonhou
Quero a declarada vida ao fantasma inocente!
Ele em sua cela gigante fareja antigas viradas
De onde saiu para o estômago branco
Até o túnel temporal
E por fim, em seu destino sigiloso
Perigos, perigos, perigos
São teus, viajante!
Olhe as luzes penetrantes
Agora fazem sentido
Sem perder a mentira de vista
Pois esta diz existir verdade....
Em mares e ares
Estava eu a vagabundear pela rapina
Quando assaltado por melhoras, venceu alegre
Vendeu-se a lebre
E a febre,
brindou conteúdos
Enferrujou marujos
Egolatrizou até a própria escrita
Serenata do diabo de barbas e vinhos!
A quem compras o sonho de ilusionar ?
Qual o nome que tu dares ?
Talvez aquele que repita seu reflexo interior
Compadeça de frieza abrupta
Mas difunde-se ao amanhecer feliz!
Á espera de coisas a qual não consigo explanar ...
Foi o espírito vivo e aromático
Da princesa que rapto todos os dias
A água límpida na sede
O abraço esperado no gelo devastador
Ao amanhecer corri então ao foco luminoso
São raízes do universo vivo a completar nossa vivência
Não fujo nunca desta cena cênica chamada vida
Só pago pela verdade adquirida na única forma
Fora do mercado popular
Longe da aceitação oriunda de dores estruturais
Pertinente nesta hora
Renasci em mesmo mundo
E não morrerei tão breve de novo
Em mares e ares.
Nun ca nun

Razão, pesadelo do corpo, fechando os lados ali saltitando de euforia eólica.
São seus carrapatos astrais deslumbrando o inquieto versificando ações concebidas.
Rouba a beta do reino invisível! Caricia sua volúpia cambalear até sua outra vida.
Tapas na cabeça onde todos abençoam! Vi teu pecado adquirir cores na tarde tênue do inverno.
Estirado ao chão do deserto, defumado pelo sol, verificou Fênix, e voou como urubu.
Não foi presa, foi morte, mas sua vida é fugir desta, e brindar por existi-la.
Agora o painel tem controle e todas as banais sensações serão realizadas. Caíram como frutos cristalizados, emergindo, então, fantasias multiformes. Prematuros do incendiar não serão mais! Peças salivais verdes e ventadas, em cada canto um perigo, em cada erro um pedido, onde foi parar a mão sem laços?
Nun ca sí.




Transporte ao reator
Perigoso é o vento
Por dizer coisas que não quero ouvir
Por lamber a mim em seu desespero
Vezes digo que sou rei
Horas digo que não sei
Em todas elas me divirto
Das mais diversas maneiras
Os gestos são para a dança
O mel para o sorriso
A voz para o abismo
O céu ao egocentrismo
Quando acabas de dizer
Sentirá a cor do vício
Ao encontro de suas membranas
Sensitivas e sedentas
Nada andou sobre pés mais certos
Do que a voz escondida
Nada nunca cantou fisicamente
Uma canção única
Só peço ao preço o apreço
Pela grande passagem.
A que castiga
Estrelando, Rei O Depravado
1
Certa penitenciaria suja e imunda, numa destas regiões áridas desérticas sem muita gente olhando, resolveu aceitar um gênio, trocado pôr criminoso, em seu casulo penitente.
Muitos lá dentro o perguntaram sobre seu crime final mas nem ele mesmo entendia a razão acolhedora dos mais rejeitados humanos do globo. Era lenda nos corredores que foi encarcerado pôr travar uma batalha oral em assuntos metafísico - teológicos com um conclamado Bispo de passagem pela cidade que residia. Ele acabou um enorme e gritante discurso, cuspindo fagulhas de água pela cara ,deste então, pobre maldito velho, com uma senhora lambida pela face á fora do Homem do Senhor que, surpreendido, cai ao chão chuvoso e lamacento, á mercê do esgoto...
Com todo este histórico logo o disseram Rei, O Depravado. Fumava ervas e poderosas poções, tudo das mãos de seus novos adoradores. Diziam ser mágicas entradas de um mundo entrelaçado entre os vários sentidos do corpo.
Onde entrava, tudo se via atento, nenhuma boca o enrolava, nenhum grito o detinha. Passou seus longos anos imperando entre aqueles que careciam ilusões mais difíceis de imaginar.
Sua flâmula era a Pequena Árvore das ilusões, amarrada ao braço esquerdo, para sempre...
Todo o homem amado será a cada tempo odiado, pôr desviar tanto o foco. Alguns detentos cristãos arrependidos, prepararam sua cova, em sua própria cela. Mercúrio, na bebida que afoga e desafoga, o levou ao chão, imundo, rasteiro.... todos ao redor! Será o fim de Rei Depravado? Será ali sua alcova? O defunto, era tido como certo...
Eis que, de repente , como em épocas místicas e sensuais, saltou do pisado o corpo estatelado vibrando em mil canções! Voando pelo ar e pelo solado de um vermelho intenso nauseabundo. Era Rei, O Depravado, de volta ao mundo dos quase vivos!
Os cristãos pasmaram-se diante tal visão, mas... ei !... espere um pouco,.. não são vocês os advogados dos milagres?! Aqueles que tiram disso seu PÃO?!!!!
( gritos de Rei )
Onde houver veneno haverá cura!
Quem melhor que eu, o delator da cura,
Seu abraço matinal, para observá-la ?!!
Mil mortes para o amante dela morrer!!!
2
Após este incidente, Rei passou a ser mais e mais temido pela sua total diferença de intelecto e maneiras. Seus hábitos estranhos, barulhentos, e até engraçados para alguns, chegavam a chocar as principais figuras do Estado, a visitar o presídio. O acusavam de ser promíscuo e vulgar, que ultrajava a imagem das autoridades responsáveis . No mesmo instante que ecoaram estas palavras no corredor , o som ruidoso enviou para o ouvido, e O Depravado, cantarolou suave....
..na ciranda dos assassinos
procura sua limpeza magicar
.. somos todos condenados e pôr isso nada temos a pagar
... quem seria mais preso, o homem do nó na garganta,
ou o hóspede temporário, como todos o são ?....

........................................................................................
...............................
Logo em seguida, levado pêlos braços pôr cães de guarda, correu o túnel quadrado ao calor das bordoadas e versos cantantes molhados em sangue.
Seu novo quarto seria três metros espalhados curtos entre quatro paredes geladas, refém de infiltrações, da solitária conhecida como A Grande noite. Ninguém que passou lá seus três meses de inanição solar preferiu mais a noite ao dia. Esta, torna-se maldição para estes.
Adentrou a pontapés na nova suite, e, ao fitar a face mesquinha e de menino encurralado do superior sorridente, amparado pelos mulas de presépio, sentiu seus lábios tramarem vogais e consoantes coladas, na tentativa de ferir seu ego de momices.
Disse então, numa voz de ancião elástico e borrachudo,
- Adorarei ver o tão magnânimo Rei se embrenhar no mundo mais escuro e doloroso que jamais galgou existir. Lembre-se, a noite ai dentro parece eterna...
Uma gargalhada estridente rompeu as aveludadas palavrinhas covardes e vingativas do senhor Superior. Rei então se diverte!
Abre a voz do vazio absoluto como uma meretriz apaixonada,
Nunca se esqueças, ó tartaruga de Galápagos, que, dentro de um buraco – negro, podes encontrar um sol,
E esse sol queimará suas pupilas descrentes do calor do escuro...

3
Rasgando as faixas sonoras, o longo estrondo saído na batida feroz da enorme porta de aço, instaurou-se silêncio catatumbal. Sem ruídos, sem gemidos, arrastar de pés, coceiras ou uma simples tosse para contê-lo. Nem ao menos batidas de seu coração desafiador e destemido eram percebidas.
A comida entrava no começo do dia ( Como se houve-se algum dia em sua negra solitude ) pela fresta estreita demais, e sem um pingo de luminosidade.
Ninguém soube o que lá se passou naqueles três demorados meses de espera, dos outros presos, para saber, afinal, o que sairia do buraco. O certo mesmo é, ninguém ouviu se quer um simples ranger vindouro da Grande Noite. Já existiam comentários de sua morte, e até uma excessiva crueldade do Superior em deixar um homem, acreditado morto, apodrecer cumprindo sua pena de três meses completos.
E, como uma peste, se apresentando letal e abrupta, cai a última noite de penitência, e enfim chega o momento esperado....

4
Uma tarde calorosa nasceu para aquela cênica aparição. Passos, passos, passos de homens sarcásticos, passos de aranhas de bolsos salientes. Cobras sem dentes que lançam venenos pêlos olhos!!!
Abriram o portal da parede invadida, e nada se mexia ou ouvia.
Senhor Rei, vulgo O Depravado. Saia já como estiver !berrou a voz do superior , feliz e glamuroso.
Se passaram alguns segundos eternos, quando foi dito pelo chefe de cerimônias, - Como todos podem ver, ele morr...
FOI INTERROMPIDO COM UM ESTRIDENTE RUIDO!!!
ERA UMA FIGURA HUMANA! MUITO MAIS QUE HUMANA!!! ERA A EVOLUÇÃO!....
- Ar, novo Ar! Você é algo sem valor pois nunca dedicamos a ti nossas vidas!!!
E dizia assim, em meio a danças e ritos,
.. o esquilo e a toupeira brigam para
provarem quem tem o maior dente,
são perdedores pois nunca se quer
o tiveram...

5
Como você esta vivo, diabo ?! Nem se parece cansado ou com os olhos irritados pela escassez de luz !disse o Superior.
Talvez seja porque sou filho do maldito quentinho lá de cima, seu gafanhoto acolchoado! E digo á todos vocês!, se estou de pé e revigorado foi porque conheço os caminhos para todos os paraísos existentes em meu ser! Nem mil anos ali me seriam mortais ! Nem mil mil anos!!! Nem mil mil mil!! Hahaha! Tudo foi para min três segundos eternos de êxtase supremo fulminados pela minha vesânia mente! Onde esta a quem castiga ?!!! Onde ?!!
..........
Logo depois, Rei ,O Depravado, foi conduzido novamente até o portão, mas agora, o da saída. Não haveriam mais porquês para se deter alguém que não pode, em absoluto, ser detido.



As lâmpadas não deixam ver o céu da noite
É preciso uma pedra para quebrar a luz
De dois olhos para se ferir com ela
Ou um corpo desejoso do espaço
Para acabar com o império do medo..
Uma névoa brilhante
Lasciva na virtude humilde
Sob panos que ocultam efeitos faciais
Retrai e quer a todos retrair..
O céu da noite, então, proibido!!!
Aos meus ventres solitários
Adoradores das trevas engolidoras de luz!
..o que fiz?
o que alegam em meus papéis?
qual é o preceito da cura feliz?!!!
qual é o extermínio da dor?!!!
..nossa busca interrompida pelo sono leve
onde escondem lixo debaixo do tapete
"Esteja onde o silêncio é a melhor música
Não a mudez dos ressequidos"
Sim os sons esquecidos fora.
As megeras gritantes
No país das megeras em cada esquina
Vejo carne e ossos em sacos de pele
Para lá e para cá como cupins
Queria ser tamanduá para devorá-los... já o sou.
Quem aceita megeras, faz parte de tua corja
E são desses que desvio pelas vielas
Nas portas envidraçadas dizendo, VENHAM!
PERTO DAS CRIANÇAS CORRUPTAS!
Infelizmente já possuídas pela peçonha casta...
Dizem pôr aí que a vida é bela
Mas acredito piamente que ela é cruel!
só assim se faz bela...
Digo, ATÉ NUNCA MAIS!, ás megeras e seus filhos remelentos!
O sol demanda seu castigo aos entes que o corromperam!
Quem paga são os próprios, pois, a caminhada continua mesmo sem os adoradores de cova!....
Deitem naquela cama estendida e querida pôr vocês!!!
Não demorem muito para pousar, diz a boa mãe... Gaia.



Buraco nada negro
Entre seus bandos de adestramento infantil, almas e almas na decadência mestre dos anos, dos anjos e dos demônios, caminho procurando a passagem, a passagem oculta no paraíso perdido dos cheiros e quadros movimentados, encurralado ante a esmagadora viajem espacial.
Salvo de Moret estaria nossa serpente interior?, ou sucumbimos aos estalos da irmã ruim em busca do pagamento pela existência?
Moret não nos alcança na dança do túnel espiral! Não aspira futuro em lugares onde se dilui. Corre atras apenas daqueles que a tornam mito, fuligem de idéias, fertilismo evidente...
Aquilo se perde tanto quanto se ganhou. Na vitória, terror na derrota, na derrota, louvor ao avesso. Fontes manchadas pelas mãos limpas demais, entidades turvas de senhores orais! Porca castidade cômica, paralela ao erro de existências tão baixas e vis.
Minha transição se faz turbulenta e inflamável,
Dentre os acessos fulminantes da tarde, ou as pernoites insidiosas, somente um céu cairia perfeito sobre minha cabeça....
Deslocamento de massa fumegante, elétrica e pura na paisagem do entardecer, algo que não vive inerte e essa inércia lhe é peçonha!
Peçam a teu deus a forma predileta! Malditos, nunca irão as ilhas ou as florestas mais saciáveis!!!
Hahahahahhaha!....
........hahah..
Este cheiro de passado evoca filmes tridimensionais das eras frias ou quentes,
Desentope alvos certos da divina agonia!,
Porque, passado, és tão mentiroso?
Canibal de açougue
Sua fome é morta pelas mãos de máquinas
Seu desejo conquistado em visões sugadoras
Esquartejamento é sua lei!
Em rodelas triunfais de doidos na ceia!
Sois canibais de açougue...
Sois elemento a mais...
Sois carrasco do vento...
Sois pobres mortais...
Cada escada é uma virada
Perante o traço, o farrapo
De paredes, de redes
Ele sobrevive, e odeia o que foi.
Compara as teias de devaneios nucleares
Das explosões mais contundentes
Nas esferas de eclosão
Funcionando a estímulo de algo
Com cada compartimento localizado
Obtendo o máximo de compreenção
Lançando a imagem esculpida
Fruto da grande sombra do sonho
Como ápice da vida.
Os de açougue agora pedem mais
Eles acordam e já se colocam em guarda
A velocidade é constante
O ritmo contra o fim incidente
De fileiras quilométricas
Ambulantes gestantes de fumaça negra!
Degradante obscuridade do ser
Rifados do paraíso!
Hahahaahahhaha!!!
Sem bilhetes de adeus!
Hahhaahhahaahhahah!!!
Apenas sujos da mais terrível peste
Bocas escancaradas para o vício corrosivo .
Aquele sujeito ali atrás esta imperando!
Objeto de dúvida dos ausentes!
Seja voz contra esse ímpio
Que tenta banhar á todos
Em seu lago de desilusão.
Desprezo pôr estes isolados
Na fúria dos mares ondulados
Indo direto ao consumo desinibido
Convalecendo em sua cama ambulante
Canibal de açougue!
Referente ao truque
Instituídos na discórdia
Trancafiados nas caixas de sapato
Viventes sobreviventes
Sem a poção eterna
Fetos...
Fetos...
Fetos...
O tudo é tudo, o nada é nada, e o resto só podia ser o resto.
Colinas e formigas
Até mesmo na pior das sombras vou desafiador
Sob a irmã rebatedora, todos os tetos ,mesmo os deploráveis
Meu personagem desejava danças e comemorações
Enquanto os pobres se escondiam da luz noturna
Escalada rumo ao nada , verdejante , insolúvel
Onde iria surgir algum lugar dormente dos olhos
Reaparece para apreciar as formigas dormindo
Longe do brilhar divino que não conhecem!
Divino , palavra reduzitiva e corrompedora
Mas afronta sua superstição cadente
Mergulhado nas fagulhas da escuridão
Pisando sobre duvidas de existência
Atravessando o local de espíritos vivos
Entidades completamente vivas da natureza
Ao soar estúpido dos imbecis.
Sorriso lunar
Sombra sobre a terra
Giro eterno
Subida aos céus mais distantes
Sem ao menos notar
Podendo apenas observar
O rastro como abrigo superior.


Estética do ator modesto
Inventem um tom para a música mais cordial
Uma sombra sonora do retrato falado artístico
És tão bom ator que se parece mal ator
Borbulhante face do abismo
Vencedores de causas usuais
Ardidos moleques de convenções culturais
Cultura morta e exposta a preço de pão
Resoluta em creditar méritos aos da alta
Só aqui persiste o erro?
Declarado está sua vontade plena...
Vão feder em outro lugar!
Caiam bem longe de mim e dos meus!
Vocês atrairão mosca varejeiras ..
X
Perante capítulos de terror intenso
Fui tirado do ar pela censura
Aquela que tem mente rosa
E bem mentirosa!
Quem será o novo do horizonte desconhecido?
Amado por mim e por aqueles sensatos...
Sei da morte ao fechar as peles!
Amanhã será o arrastar de correntes
Subindo aos céus com o tilintar das amarras
Sob domínio da restauração dos quebrados
Salvarei algo demais eterno e meu!
Minas gotejantes !!!
Castelo inverossímel do ardor!
Cumprirei minhas promessas em cálidos momentos
Espírito esfarrapado pelas unhas da existência!
Possui seu lindo pôr do sol
E sua lua sorridente da noite...
.....!!!
........!!!!
há cheiro de morte ..
há odor intenso de sexo..
há volúpia escondida
pulando a vida fervorosa!
....!
sei qual teu desejo..
então serás viúva do passado!
Sem lápide de domingo chuvoso
Sonhará com o futuro
Tão aqui quanto nós mesmos...
X

O grande ator foi aquele que,
De tão bom, parecia ruim.
Foi dele a idéia da Morte do Passado,
Da víscera matinal
E da castração do rebanho.
O grande ator morre de solidão, a doença dos loucos. Os grandes loucos não morrem, fantasiam-se de mortos. Ator é rota do destino revirado, é orta sem H, que mesmo assim dá planta, é Atroa, a mulher do Fran Cisco,... não conhece? , deve conhecer..., pode ser rato e roubar a cena dos anormais,... tantos mais poderá ser, pois são personagens de sua arte.
Viva aqueles que serão roubados futuramente pelos contadores de grãos! Sua alma vendida em paredes ou estantes!!...




Ir para o inferno é fácil, o difícil é voltar.
Vá, vá, vá
Deixe cair o dispensável
Vença o mais degradante
Não procure esconder-se
O passado estagna
Ele é grilhão ácido
Na volta tudo é repetido
No acesso ao vazio se encontra a memória
caçadora de dias pulverizados
Antes que o mundo retorne
Apavore o igual retorcido
A vigília dos fracos seca a fonte
Sou produto da recarga
Que dorme entre o sexo da luz assassina de sombras.

Me conte
Eram duas cabeças inocentes da discórdia que ali estavam, falando, pensando, esquecendo...
Ella disse a Helly, - Não lhe digo o porque de meu sorriso nem o dizer de minha respiração.
Helly surpreso agiu como pumas nas sombrias noites de verão, fez-se de corte para absorver a resposta exata.
Sua escolha deveria ser outra nesta ponta da lua, agora temos destinos mortos e imensidão pútrida. Queria , queria, quanto queria o desgraçado......e nunca soube.
Nunca, nunca mesmo , com toda altura que quiseres, e todo ardor que desejares.
Foi depravação , meus amigos ,depravação aos sonhos dos demais, aquela quimera. Fruto da sabedoria do inferno fluente em línguas silabais, doença autêntica dos hemisférios,... turbilhão de novas quinquilharias.
( ELE QUER VIVER O MÍNIMO!!!) estes gritos são de angustia?, essa voz é de desprezo?
Diga, diga, diga
Para ele, o mestre do espaço plano!
Fale, fale então!
O que são as falências do paraíso?!
As pertubações do infalível!
xxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Os anos se perderam em centésimos de espaços vazios, os dias se contaram estranhos, noites se apagaram antes de viver e sempre esteve lá esta cruz duvidosa, duvidal, peluda e soberba ( o que será?)
Um gesto de terror da resistência o levou ao leito de espera!!!!!
Agora o fim está próximo, algoz temível, tórrido!!!
Não se deixe levar duvidoso de si, ou , na pior das hipóteses, em si.
( QUERO SABER !!! EU PRESISO SABER!!!!)
............
...................
....................um grito desumano
um grito anti - humano
um grito vão
pois aquela boca penitenciadora pintou,
em sua pérfida maneira,
um belo NÃO.

Moret , és nula!
Quando digo tal coisa me garanto em tudo!
Esta falsa pessoa adentrou em nossos sonhos
E furtivamente se apoderou de nosso território
Como existir morte no paraíso da vida ?!
Como sobressair pensamentos em meio a muros negros?!
X
Nossa existência ,tão curta e absurda ,como todos pensamos?
Ou mais plausível uma eterna extensão do pensamento?...
Correr até o abismo e tentar , na vadia sorte , criar asas
Como um único e límpido momento de toda a manifestação vital!
X
Joguem fora a Morte !!!derretam-na na fúria de seus membros famintos
És sedenta feito porco solitário
Covarde feito mil pés de pisões!
Sorte ao sabe-la , azar ao encontrá-la...
( aquele morreu! ) diz você angustiado
ELE NÃO MORREU!!!
VOCÊ O MATOU !!!digo eu, a todo instante
Pois a morte ( Moret ) só existe nos olhos.



Ninguém
1
Acordei ao meio tempo, como sempre, e o sol estava fritando cérebros. Demorei alguns minutos até tomar coragem para levantar e seguir aquela maldita rotina, escovar os dentes e tomar café. Se quer lembrava da noite anterior tamanha preguiça da manhã. Era como tivesse acontecido a milênios.
Naquele instante percebi algo estranho, o silêncio absorvia todo e qualquer alvoroço sonoro, não permitindo sequer a música dos pássaros despercebidos.
Caminhei até a sala mas não vi ninguém. Fui até os quartos e ninguém. Olhei pela janela a rua nojenta procurando aqueles pés escrotos e triviais mas, ninguém.
Admito, senti uma espécie de prazer supra–caloroso ao notar tamanha paz ao redor, sem os mesmos comedores de restos já conhecidos. O mais extraordinário foi não encontrar pelo ar nenhum vestígio de sons automotivos, conversas, orações, ruídos animais, nada, absolutamente nada. Meus ouvidos não eram necessários ali, pois naquele dia não havia ninguém no mundo.
Ninguém para falar, ninguém para gritar, pular ou reclamar, ninguém para ouvir, sentar e chorar, e, exclusivamente, ninguém para notar-me.
Pelas calçadas tudo calmo, nada estava fora de seu lugar habitual. Lembrei-me logo das histórias antigas do Triângulo das Bermudas, quando uma embarcação era encontrada vazia, sem vestígios de tripulantes, violência ou mortes, apenas tudo na mais terrível calmaria e em seus lugares. Sem ninguém para contar o que foi.
Aquilo começava a preocupar-me. Nada, nada, nada, ninguém, ninguém, ninguém. Esta palavra se tornava então um delírio, um vilão. Do mais maravilhoso sonho, ao mais tenebroso pesadelo.
O mais engraçado seria o fato deu nunca Ter sentido nenhuma forma de prazer pela presença das pessoas ao meu redor, e, de repente, tê-las procurado tão desesperadamente. Porque? Seria o choque inicial de tamanha mudança repentina?, ou milhares de corpos imundos fariam tanta diferença para o senhor da solitude?
È para mim, reconheço, motivo de vergonha expor este momento de fraqueza mas, o que há de errado comigo? Queria a morte destes fuliginosos seres e, de um minuto para o outro, com seu desaparecimento, os tento encontrar!
2
estabelecimentos fechados
nenhuma alma humana
ventos cortantes dando risada
eu ali, mais ninguém do que ninguém...
com a volta de todos
iria eu, com completa certeza,
retornar a repugnância de outrora
fugiria de sua presença!
negaria sua companhia...
morreria e levaria comigo toda a existência!!!
Ela sim, entregue a mim, pela ausência
De telespectadores furtivos!
Pela soberana falta de sentidos á conclamar o alto
....vergonha, vergonha
já é hora de saíres deste corpo!
já é tempo de despedires deste
antes que a leve junto ao vazio.
3
Eternidades. Eternidades foram aqueles dois. Dia e noite, amantes fiéis, adoradores das dores humanas, de seus desejos e cóleras.
Alternando fúria, alegria e depressão, superei todo este estranho despertar de minha vida, quebrando vidros de casas, saqueando lojas, pichando paredes brancas, deitando em cama de senhoras beatas, urinando pelos altares de igrejas, cantando, gritando, chorando e gargalhando, vendo um carro em meio a uma ponte se elevar no ar subindo como nuvem aos meus olhos revoltados pôr não ser eu, lendo cartas alheias, descobrindo segredos, queimando documentos, queimando minha própria alma.... e sempre com uma inconveniente pergunta em minha boca, ONDE ESTARIAM TODOS?
Dormi em meio ao lixo de um beco úmido, acordando com raios de sol despertadores de vagabundos e melancólicos anônimos. Estava imundo pedindo banho quando ouvi algumas vozes,
Que nojo! Quem será este animal?!!
Eram colegiais virgens que ali estavam a me admirar. Com seus olhares vulgares e estáticos perante a realidade, que já não poderia ser a mesma para mim.
Levantei cambaleando feito bêbado. Enfim apareceram os malditos fugitivos de ontem. Olhando-me passivos e duvidosos. Logo uma pequena multidão acercou meu ser, com cochichos e risos. Nunca pensei terem tempo em suas vidas apresadas e ocupadas para se divertirem á custa de um suposto marginal cochilando ao relento.
Do bolo de gente, então, surgiu um rapaz elegante e fino, ao olhar das ninfetas, para interrogar minha pessoa,
( Então, amigo, o que fazes ai como cão sarnento?
Já não sabes que este é um mundo digno e limpo?
Que não necessitamos de semelhantes párias a envergonhar nossa estirpe? )
De súbito disse eu, em tom grego viajante no tempo,
( Estou a acordar do mais belo dos sonhos!
Do mais incrível dos devaneios!
Se em alguém mora a vergonha esse alguém sou eu!
Não a vergonha de tua canalha roda,
Mas sim a vergonha que me leva as alturas mais perigosas!
Daquela que liberta todo e qualquer inerte!
A vergonha de ser como vocês, um ninguém...
Vou agora triunfante para meu covil
Tentar cair novamente no túnel sem fim
E acordar como na manhã anterior,
Limpo
Interrupto
Vivo. )
Após estas palavras cortei a multidão vagarosamente com destino incerto e novo, ao pasmar de todos.... e, automaticamente, de ninguém.


O homem e a bomba
De seu chalé, quase surreal, sai soturnamente na diurna agonia ,de quem ?, deles!, os estúpidos. Vocês já sabem bem quem são as figuras , ou não ? Se não , acompanhem este sujeito com uma bomba no bolso. Vagaroso , ele sapateia nas ruas repletas de seres humanos confiantes na razão. São enormes pastos criativos e sugadores que repartem prazeres aos sem destino , ou até , sem razão , mas sempre! atrás de alguma.
O sol escaldante na cara de todos estes animais descrentes de tal verdade exala odor pútrido dos mortos. Mas estes também não o são?! Estou errado aos compará-los?!
Assim também pensava aquele homem, escondido entre os seres de água e terra . O que o impedia de fazer tudo o que quer? O que o levaria a interromper um momento de êxtase total, de sua vitória sobre a humanidade ?!
Nesta colméia , de abelhas travestis , aquele elemento era rebatido, asfixiado , e agora desejava um sangue entre seus dedos carentes. A sordidez de toda a espécie o impelia a tal fim. Então, á quem iremos culpar?!!!
A moral intrínseca nos cantos mais escondidos do corpo!!!
Homens de fôlego baixo, desçam de onde estão!...



O mesmo lado
A porta tem dois lados
Mas e daí?, os lados são os mesmos...
Escrevo no crânio de meu assassino
Sua leve carcaça sólida e gélida
Ainda faz parte de meu acervo didático
Nada mais! Não o convido ao grande baile dos refutados!!!
...que aurora impressionante
todas perdidas pela falta de adoração
lambidas pela fumaça morta
não pôr aquelas das sendas descampadas .
onde ali viveram leões
agora vivem gatos magros e lambidos!
Consagrados pelo mérito de orgia desfigurada
.....
....
agora faz silêncio
mas até quando?
sabemos que não é para sempre
o para sempre é demais ocupado
com sua sempridão

antes da caça preparai
quando sentires o aroma, pulai
se for apanhado, distrai
terminando coroado, cai
......
......
.......
mil destinos para um desejo!
Um destino para mil desejos...

Para quedas do inferno
Pularam do avião sem chegada
Flutuando em seu Para Quedas
O inferno logo abaixo o esperava
Não tinha outra saída
Mas pô!, saída é algo dos mais antigos!...
Na minha nova versão você poderá voar!
E esta imensa porcaria onde cairíamos,
Não será senão figura...
Nunca aceite o mundo que te esperas lá em baixo!!!
Voe com seu Para Quedas do inferno
Para os lados livres da contaminação!!!
A brisa o convida ao acaso...

Repita o erro!
Nem de longe é, ou se parece, uma sugestão
Sim advertência, das mais sensatas
Das mais anarquizadas ilhas do terror púdico!
Repetir o erro é acertar duas vezes
O inimigo dos traços numerais!
A caneta e a cruz são co-irmãs
Duas aceitas claras,... cheias de invencionices
............
...um sentido alterado entre o gelo em bando
voltado para a simples volta
ou, no mínimo, uma enorme insurreição.
Dos pisoteados amantes da pintura em ar
Sobraram quantos?...
Tudo caminha até o fim anestésico
Cumpre o dever de mostrá-lo qual o lado a se entender.
...erro, como o nome diz, acomete ao não
repeti-lo, seria então, vontade plena!
esta nunca é um erro...
..não encontro sentido são que me obrigue
a refletir em algo tão sem
substância quanto o conceito de erro.
Sem rumo
Anda pelas ruas procurando o tempo certo, a hora exata, o momento crucial. Sabe bem seus sonhos e delírios de meio-dia , então, poucos pertences seriam seus companheiros de longa viajem.
Abandonou as antigas correntes dos castelos mais antigos e farrapos que sua mente se cansava ao pensar. Pulou sobre o corpo dos metais ambulantes despedindo-se de seu antigo personagem.
Nas noites penou tanto quanto saboreou, cantou, morreu, fortaleceu, conheceu,... viveu.
Algo tentava arrastá-lo de volta , mas a volta dissolveu na chama do caldeirão cozendo o rumo.
Duraria então sete curtos anos para cair de onde veio e abandonar o dom de respirar na bolha. Se ficasse sólido estaria com as moléculas em dia, e em perfeito estado saudável. Mas intervenho, SAÚDE E DOENÇA! APAREÇAM!!! SAIAM DE SEUS TÚMULOS, SE É QUE EXISTEM!!!
Sete duros dedos para se contar e sete eternidades de vida !
Nada é tão senhor para cobrá-lo de sua dança!
Sua dança pode ser combatida mas não negada. Sem rumo! Sem rumo!
Ai esta nosso rumo,... após a vírgula e os pontinhos,...
Manifesto sobre o único direito

Já que nada se sabe do fim, saibamos do início
Minha única saída e forma, na neblina emaranhada de desilusões.
Quero ir até seu paraíso e deitar
Na grama mais natural e limpa do mundo
Temos o único direito de tudo poder
Ter poder e crescer, mesmo soltando pedaços
Nada nos resta senão pular
Rodar enquanto durar
Viver em fuga de pensar.
Quando muito pensei, pouco mudei
Levado pelo antigo, agora perece em si próprio.
Embora existam muitas razões, estas nada importam para nós
Palavras e jogos de palavras que só a eles atingem
Correrei sobre minha rota!
O medo não alcança meus corredores
Somos apenas crianças fortes sentindo demais...
Seguindo o caminho do rio profundo.
Se perder no escuro
Sair com outra face
Tão procurada...
Cobras soltando pele
Nunca a mesma
Tão solitudiosa
Tão alegre em seu círculo
Vil terrível seu caos
Linda e pura sua aurora
Cantem para a rara aparição do pecado!
Convertido em dever
De nunca dever
a si ou a ela
somente eu e a manhã
o desejo e a saudade
a incerteza e a imaginação
o doce e o amargo
na casa querida ou na tão querida
estou aqui
suplicando de pé
como quem volta da guerra
e pede para nunca mais retornar
agora ele quer curar as feridas
expostas ao mundo
salientes mas logo apagadas
e na porta de seu sonho mitológico
Ter a bela recompensa da vida a lhe esperar
"Temos pouco tempo!
Não o colocamos ao léu!" , grito a mim ....
Felicitemos a nós com a felicidade.
Não quero embebedar os demais com condutas exclusivamente próprias de minha pessoa. Seria crime visar a conduta ideal mas, aqui me ocorre a antevisão dos fatos.
Minha antiga alma porpentosa
Rugiu de zelo frente a crosta
Derramou pingos retinosos
Levou-se ao grã-maldito planalto do esquecimento
x
O fim de um grande assassino sempre se destaca por aplausos e urros de quem procura justiça
Talvez a quem devamos culpar, teve razões e irrazões para cortes e suturas
Mas agora ele vaga... vaga, vaga em sentrilhões
Corre corre em multidões
Ele ainda entoa canções passadas
E vislumbra o fim delas todas.
foi colocado na parede! No passado!
Virou areia, cunhou dó!
Caiu cego, morreu só
Entregou o corpo ao amante do novo!
...Sois agora eu quem falo
x
jogo aqui a ultima pá sobre o túmulo deste
honrou seus dias com sua corajem, admito
mas deixou rastros de dor e imutações
será como todo grande mito
velho, lembrado e
imortal

"destrono seu reino em favor da donzela em perigo..."




Veias de cobre, fios de sangue

................................
......................
...........
......
...
.
Começo aqui com um leve silêncio
nem um pouco inocente
beirando o indolente
caso sério a se deparar
procuro um portal
que se expresse sem um corpo a te criar
denso em suas estórias
caído ao chão lambendo areia
nada dele sairá falso
é interminantemente inaconselhável deslocação de movimentos neutros
é inaudívelmente superior nossos gritos de liberdade
o homem a quem confiam a alma, o espírito, ou qualquer destas porcarias escritas sobre a mesma comédia,
se desloca como animal fraquejante
e nossas vidas, não merecem a exuberância ?
as veias são de cobre
os fios cada vez mais de sangue
combinado a horror inorgânico
o animal que criou seu próprio predador
a vida gelada cairá sobre o universo
e tudo será como sempre foi
e sempre será
.....a não ser que.....

Quem é seu deus :;;;’;:::;;}+_)(*&¨GFCCXZvbczxzvbnnmChega!!!!
....ISTO AI A CIMA É UMA TENTATIVA DE ENCONTRAR UMA DÚVIDA, UMA SIMPLES INTERROGAÇÃO. Não achada...
papos divinos e suas vertentes loucas
armas da corrupção humana
moeda ganha pelas desgraças incluídas
eu proponho uma novidade
que valerá individualmente
existe uma forma de burlarmos a morte
e ela esta em nossa mente
nossa cabeça vesana
criadora de átomos
deuses
razões
multiplicações
extrações
nações
fogo
O grande poder da vida é correr a explicações
Ela não divide seu segredo com nada que seja dela mesma
Mente para si, e para nós
Entrega em suas mãos uma garrafa
Que o levará até sua quebra fatal,
Onde você se perderá no vazio
Não importa o que foi, o que será
O que realmente importa é saber se
- Aproveitei como queria a única viajem ?
Valeu a pena cair no abismo do nada após viver ? -

Vivemos a procura de explicação
Vivemos a procura da insanidade
Somos os escravos
As abelhas rainhas são as que
Saboreiam o melhor mel
Sou um saqueador de idéias,
Deste mel não bebo
Pois o meu, fabrico
As pequenas partículas emanavam força
Uma atração cósmica se revelou
Este gênesis aceito!
Vieram então a conhecer um princípio que se tornaria básico
Evolução

Bangalô caça níquel
Sim, neste bangalô consegui o até então inviável
Sobre as arvores escravas e rente os fluidos da terra
Estou a garimpar
E o que levo sustenta aquele que realmente é
O leve odor de vividez insolente
Onde consigo destes fins atropelantes ?!
Somente reagir para frente
Colateralmente infinito e seco
Procurados nos infernos mais íntimos
Nas criaturas menos possíveis
Corro da sombra que gela meu peito
Atinjo o topo com um sopro de desespero
Não, realmente não acreditarão nesta alma
Caminhando entre os civilizados cacos da esperança
Pense então
Como seria seu dia sem a servidão profunda
Por leis e ordens
Ditos e feitos
Sins e nãos estirados aos olhos condenadores.
Responda a si e a mais ninguém
Este é o único legado que posso deixar.


Cortinas
Fechadas
Ou abertas
Cortinas.
Que cobrem a abertura
Que vestem o buraco
Que escondem por algum tempo
Quando respirava o ar da tarde morrendo
Isso em época infantil
O mundo parecia entrar pelo meu nariz
Completamente todos os cheiros
Daquele universo inteiro
Absorvidos
Até que vieram cortinas
Ocultarem uma janela
Que mostrava a vida ambulante
Das partículas em comunhão
Olhar para o céu era como fosse a fuga
Daqueles dias insanos que presenciei
Ele caia inteiro sobre minha cabeça
E eu, morreria por aquela vida
Agora vejo as fáceis maneiras
Brotarem novamente do chão!
Os leves canalhas imperarem
Apenas porque fingem dar as mãos...


Vaudevúcio, o rei do nada
Eu sobrevivi ás trancas do homem civil
á suas estranhas formas de sanar problemas
Matando os gênios no ninho
Ou reutilizando seu cérebro capaz
O fazendo acreditar que existe certo e errado
Mas a compreenção esta para além de quem esta morto
Espírito fuliginoso
Verme do dia
Estúpida aparição
Eles carregam para suas grotas as riquezas
Mas a nossa maior vertente
Nunca será trancafiada
Andar pelo sol do dia
O verde alucinógino compensa
A idéia de que é terrível viver
Por isso não queremos morrer...

Quanto mais tenebroso o destino
Mais saboroso é o prato

Sempre mais a cada centímetro
Nunca menos em longo sentido
Não são os doentes
Entes da evolução ?

Revolução
Seria a forma de maior elevação ?

Imposição
Teoria ou masturbação ?

São muitos os motivos
São muitas as janelas
Cada respirar é um acontecimento
Cada passo já foi dado
Nós somos uma ligação
Um feche rápido de uma corrente
E podemos olhar para o alto e honrarmos
Aquilo que esta a cima de nós
O infinito céu
É o que nos faz dançar
Cantar ou sorrir
Matar ou quebrar
Tudo fonte do mesmo terminal
A loucura mais nobre já pensada
Vencer o vazio que carregamos
E provarmos sinais vitais



O mundo sem travas
Um mundo sem travas
nos pescoços os grilhões, nos pulsos os códigos
Seu novo sangue, seu novo oráculo, uma cabine para esquecer de si mesmo
Um mundo sem travas
lentidão no raciocínio, porre em plena saúde
Derivas do pensamento, mitos do além
Um mundo sem travas
porcarias para se entupir
Para guardar seu ânimo, para vencer seu tédio
Para nutrir o império que vive duzentos anos á nossa frente
Pobres camponeses somos nós
A nobreza resisti oculta ao tempo
E capitalizar a grama que pisamos
É a galinha dos ovos de ouro....



Gafa homo
Olhe só para eles
Como devoram
Como são rápidos
Não olham para trás
Querem sempre mais
Bandos e bandos
Praga detectada
Não façam isso...
Vamos cortar as asas dos anjos
Vamos diminuir os colonos do paraíso
Vamos fundar uma digna Sodoma e Gomorra
Com sangue arturdirdo
Com olhos nítidos
Sem parasitas!
Sem cadáveres regados a lágrimas
Tirem esses males da vida futura!!!
Nossos filhos, netos e demais
Não merecem desgraças tão rasteiras desta época!
..............
já é tempo de esquecermos o passado
o presente grita a todo instante
as crianças morrem mais cedo
mas continuam andando
o desejo é guiado
como sintonia e frequência pálida
e quem retém
sorri escondido

a voz se tornou digna de calar
o corpo se feriu contra a mente
isso é abismo
isso é bíblia!
São ossos da insurreição...
Queria o mar a minha frente
O alto da pirâmide
ver de lá
o que não verei em nenhum lugar

A grande prostituta atual
O que seria bíblico em nossa era ?
Talvez veríamos também grandes prostitutas
Como os antigos profetas infectuosos.
Capital neste momento
Grandes e vastos campos de germinação
Créditos, isso é o mundo
Prostituindo a tudo e a todos
Transando com nossos sentidos
Seduzindo para as grutas de oferendas
" dedique a seu deus do bem–estar
uma oferenda, para o saciar de todo seu
vício divino."
Chorando com você quando aquela roupa bonita
Ou aquele colar deslumbrante
Saltam a seu profundo desejar
Dentro do cubo de cada dia nos daí hoje
E logo um límpido e imaculado pecado
Aparece ao mundo...
Talvez os muçulmanos estejam certos
Ante a prostituta de cá
Mas
A de lá
Também fede.

Condutores digitais de satisfação

Um milhão de teorias já existiram
Um milhão e uma teorias já morreram
Esta talvez seja uma delas
O que fazem com as ondas invisíveis ?
Tudo o que é "moderno e incrível" impele a ondas
Tudo o que é auditivo
Visível ou aspirado
Alguém entope nossas veias com ondas....
Somos o que somos não por vontade, sim por regra
Então devemos demolir o muro da dimensão
Olhar o que esta apagado
Não mentir ao receptor
Ondas ondas ondas
São sombras
Brisas,
Cheiros
São as ondas do universo
Agindo em si pelas mãos que querem se ver.
A grande Fonte já foi mencionada
Em películas, em letras, em sons
Deve ser esquecida
Morta, deposta.
Só existe um abrigo
... em seu peito.


Um coração para duas espadas

É o que descubro em você que intriga este momento de veias de cobre
Fios de sangue ali ocultados pela leve e matinal felicidade
Não diga contrários de ontem para mim!
Guardo aqui um coração, junto á duas espadas


Saciadas do prazer oculto, outro absurdo..
Onde estão as rosas flamejantes de um passado recente ?
Que condensam suas teorias languidas e reticentes
Dentro de um plano de ação baseado na conduta menos sofrível
Quando o bem deriva da escolha abrupta
Da tempestade, traje de gala do sol
Ou das encrencas, que se deslizam ao ralo mais próximo..
Grã - declínio dos dias belos!
Triste estória alada da bonança!
Felizes são aqueles que atravessam o perigo
Para logo após sorrirem com os dentes que sobraram..
Este é meu plano! Minha "teoria da alegria" !
Meu céu primaveril sob alcovas da funesta paródia
Vocês de braços dados! Temendo o sol e a chuva!
Não vendo o que não vendo!
Esta ai á sua frente, olhos escorregadios!
Esta aberto como o deserto ao calor
Não nos deixem vencer!
Volte ao estado primordial da harmonia polar
Sob os cuidados de seu adorado
Matéria, energia ou movimento
Quando confiar era princípio de sobrevivência
Onde correr sobre a grama de um paraíso terrestre
Foi a busca por uma comunicação com o todo..
Te deixo á porta de sua morada
Fitando sua falsa esperança
Sua dor impune
Seu amor temperatura
Seus níveis de perseverança metabólica
Apagando relatos nítidos da verdadeira sorte..
Esqueceram do quarto momento do infinito
Antecipado ou recolocado ao pé do outro..
Então me mostra que nada é eterno
Que tudo é finito
Que o sol irá um "dia" ( pois não seria mais dia ) apagar
Porque ?
Mereço esta pergunta
Ou uma resposta é Deus absoluto ?
Ora, não me defina maldito justo agora
Tenho que enfrentar pela manhã um dragão
Vestido de números e letras
Doente por mais doença
E eu ?
Caído novamente nas calçadas geladas da rua
Respirando o ar decrépito deste acontecer
Sabendo como é curta a recarga
Com a impossibilidade de refugo noturno
Um grito! para um sabor de seu aspecto mais soberano
Um odor de raridade, de instinção
Tudo que deixa tudo mais belo..
***
Babuínos eróticos
Na Tribo do Sol os babuínos eróticos desfilam pelo dia
Olhos e peles multiformes, beijos e carícias intrigantes
Eles subiram ao patamar dos deuses
Destronaram até sua maléfica conduta da negação
O corpo ereto e perigoso
Belo como a crueldade da vida
Que não nos deixa consertar nenhum equívoco
Ou paralisar uma idiotice..
Sentados ao luar com olhos escarnecidos
Frutos de uma viril condição de extrema crueldade
A mais ardente e satisfatória teoria do amor
Um vislumbre do eterno paraíso á nossa frente
Os eróticos seres da crosta perdida
Vagam em seu absurdo prazer
Em sua comédia divina
Já não carregam em si a sujeira
A margem de erro de um pensamento distante
Quando caíram aos pés da pedra da desolação
Hoje, neste hoje perdido em boca
Serás uma sombra do vazio
Serás um destino errante
Ou até, uma massa forjada..
Paramos em suas esplendidas cavernas
Em seus lares robóticos de livre abatedouro
Eles miram a pressão, querem fugir daqui
Cortar o espaço e confundir o presente
Eles corrompem o nascer do dia....
Alguns sentem falta do poder
E buscam na asa da mãe galinácea
O conforto e certeza
De um pão sagrado
Outros, se apaixonam tão perdidamente pelos prazeres da espécie
Que acabam por mutilar seus próprios sentidos de conservação
Focam um número reduzido de partículas
E acabam sufocados pelo peso do universo.
Ele deu a vida aos babuínos eróticos
Mas seu preço é alto
Em estado não herético
Ou em frígida aparência
Um despertar
Um sonho em insônias
Uma estrutura diminuta
Mas tão incrível quanto o nada de onde veio
Saudemos e ofertemos ao nada!
Pai do todo e da lua e do sol e das estrelas........
Quem nos busca na madrugada onde se despede de todos
Quem dirá a você nesta hora
Que todo esse tempo um babuíno erótico loucamente amante
Tentou dizer e provar
Uma nova forma de encarar o abismo da vida
Caminhando de mãos dadas com você
Até o fim do corpo sólido.
***
DNALIEN
Todos pensam ser de fora
Aqueles homenzinhos de olhos enormes
Com corpos magros e aparência frágil
Mas eles não existem senão em nossa explêndida biologia
Não chegam de jatinho das estrelas porque ainda não vivem
Esta gravado no dna de todo tipo de vida
Suas futuras e prósperas mutações
Pois o universo é veloz, existe e deixa de existir muito sobre muito
Nossa existência talvez tão minúscula
enxerga lentamente o espaço
e o sucumbe em tempo
olhe para seu aspecto
seu físico mutante de quem
usa mais cérebro do que qualquer outro membro
como se parece conosco
como aparece fantasiado de figura mitológica
quando espera ansioso por sua chegada

Triângulo
Um triângulo para saciar o dia
Uma voz sorridente para aguardar a agonia
Uma pirâmide falsa dentre altares caídos
Somente um corte no espírito para sangrar verdade
Talvez um belo cardápio para os transeuntes doentes
Um simples toque de harmonia nada vertiginosa
Sexto sentido da dor amarga entre os alegres corações
Curandeiro da vida, verso certo de um incerto
Donzela da cruel desgraça, cante canções de humor negro
Dance músicas que nunca existirão
Sob o topo do maior túmulo
Escolhido para honrar sua forma mágica
Aponta o infinito
Onde haverá a expansão da vida
Onde tudo será eterno
E se libertará do fim
Ali aponta o destino gravado em células
Começo, meio e fim
Três mentiras calhordas
Três irmãs invejosas
Almejando a derrota de quem merece
Continuar e continuar..


Deforme e límpido
Talvez um feito
Abrupta cadência
Morra agora, daninha!
Cadafalso amarelo
Brilhante como ouro
De diamantes invisíveis
Mortes e sortes beijando na boca
Crianças de espírito
Em bacanais típicos da alegria acolhedora
Arrebatar o medo e a escravidão
Fulminar o dia e a noite
Nada tem nome
Nada é palpável
Tudo é sentido
Tudo é alegria inventora
Ali nas noites dos jovens
Distribuindo corpos
Não como gafanhotos de cultura do idiotismo
Sebes da vertente do amor aos instintos!
Grito eu seu nome!
Mas o eco me diz que o vazio me espreita
Não há ouvidos
Eles já tem dono
Eles já tem lar
E que lar...
Estão dispersos
Sonolentos
Verdes
Perto da decomposição astral do pensamento
Não pensam
Tudo é comportamento
Pré dirigido ao mundo banal
Relógios, sim relógios!
Estes são seus nítidos costumes
Preparados para marcar á um ritmo constante
Onde não há mudanças, mas sim , uma eterna exatidão absurda
Seus cálculos
Constróem vigas
Muros e prisões
Digo isso como doenças espirituais
Não sou um crente ou um homem de deus
Ao contrário
Sou o fruto da árvore seca!
Esquecida e neutra
Um pilantra apicultor de idéias.
***
As correntezas da mesmice
Já é hora de acordar e ver
O dia como um dia foi
Desvencilhar dos dedos os elementos torpes
E brindar sua louca alegria novamente.
O segredo chama-se importância
Aquilo que você pode dar
Nada mais
A devida importância que os morcegos dão ao escuro luar
Entre os pássaros cantantes dos raios estrelares
É talvez bem próxima
Á sua conduta de atração.
O que vejo é apenas um corpo
Escorrendo entre as correntezas da mesmice
E esmurrar seu salvador na face
Fazendo-o engolir da mesma água.
Um salto, esta é a condição mínima para um fim
Logo ao lado, espera o jardim do sorriso das hienas
Com seus habitantes lúgubres
Almas vazias e sem expressão
Que contaminam o ar com sua peste
E me fazem chamar os ouvidos distantes
Até minha guerra mais profunda.
Apenas seu fôlego curto
Permitiu o mal lhe atacar
A cegueira nunca é nobre para quem tem o que ver
O vento nunca é certo para quem teme entender.
Então, talvez aqui se encerre
A estória Shakespeariana
Ou comece, interminantemente,
Após um sorriso e algumas palavras.


" Nunca é muito para quem nada é pouco."
acabou
***

-mike cost-

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