quarta-feira, 20 de maio de 2009

Com juras da Lua


- Prelúdio: Anaconemas na noite de carne banal -

Tudo esta contra meu favor
Estrelas negras, mumificadas
Anjos podres, derrebidos
Odeio seus dedos, suas carícias de dó
Algo a mais na estranha derrota
Hahahahhahah
Sei que sou a encarnação suprema!
Seu Deus, sua unidade, FODA-SE!!!
Boca engolidora de sol
Esmagadora de ouvidos!!!
Um leve toque na face para acabar com tudo
Um olhar maldito sob a luz do bacanal
Andei, andei, até me cansar
Sou contrário aos merdas
Subo as escadas sem sentir o ar rarefeito mergulhar as vísceras do herói
ANTI-HEROÍSMO, AQUI ESTOU!!!!
..........miseráveis
.........monstros
corruptos seres filhos da mais pura manifestação de alegria.....
laranjas podres, mecânicas
vou para os sítios do sexo!
e me encontrarei com a deusa do orgasmo
segurando meu rosto
na direção da verdade!

Caímos, sim caímos
Assim digamos aos delfos esquecidos
Criaturas que provam com sua existência sua falta de vida
Um poço seco
Onde os crocodilos saboreiam a morte de pequenos males..
Na terra da falência o Rei se esconde
No arbusto pulverizado pelo sol vingativo
.......mentiras caíram aos pés de Prometeu
que desejou não obedecer os deuses
e salvou sua alma para a eternidade.


Deus não existe
Nunca seria um macho
Existe o sopro
...e nada mais.


Compense a dor com um rancor
Engula-o pela manhã
E faça amor
...consigo mesmo.


Subimos aos céus
Para pularmos logo em seguida
... sabemos que lá em baixo
existe uma nova subida.

As putas renascem das cinzas com gritos de populacho
Os mancebos fedem á botiques
Vulgarizando todo o poder incontido no ato

Macacos, estou aqui!!!!
Na janela traseira do cometa
Vendo sua pequena aparência distanciar-se com
Incrível velocidade!
Venham, amigos
Para o patamar dos deuses !
Eles são vários!
...e refletem no espelho.

Putz, flor cósmica
Tu colheu demais no falo mágico das quatro trancas verdes
Acolheu ao seus montes
Á sua gruta
A teu efervescer
Para cair no buraco nada negro
E fingir que és passageiro
Nada é passageiro...
Tudo fica.


Anaconético homem!!
Desfile agora como grande destruidor!!!
Teus súditos o lembram todas as noites
Para retornar ao campo de batalha
Comer a carne pingando sangue
Acolher a manhã com cantos embriagados!!
“ Mudança, comece a negar
tilintantemente o começo...”


solte mais uma vulva fragmentar ao pasto
as vacas são várias para um boi só
os pássaros transam com bicos e sensores
você cerca a tudo...
perca o controle
antes que algo maior venha a interrompê-lo.


Morte, irmã secreta
Prove a todos o valor do corpo...
Quem sabe um dia
Com isso
Deixe de existir.



( ... por isso então confiscaram seu passaporte ao império
e foi preso
como as bruxas antigas
hoje frutos
de sua máquina sugadora de almas. )

então...




- Com juras da Lua -

Havia sim! este dito homem, que desde “ontem”, tua alma escondes, assim sua falta, sua catapulta alucinada, desenfreado ante o âmbito comum dos degenerados.
Logo preso foi ao fim da bela tarde, caiu em profundo breu, se esqueceu do seu e derribou ao mal.....
O mal anti carnal, anti frontal, anti sensorial!!!
“O cárcere !
O fim!
O seu ardor á mim
Um céu !
Um ar!
Um azar
em não ser mortal..”

De sua cela desejava a Lua, a sua, a ladra.
Pintava na mente, o que sente, o que mente.
Gritava ao nada um amor reluzente.

A maldita esfera esta a planar nos sonhos do pássaro canoro..
O que a ele interessa a vida e as tragédias..?
O que para ele tinha as dores de outros..?
Ou como estaria então disposto a obter um posto... entre as galhadas misérias da existência?

“ seu rótulo obscuro entre flores negras
um sangue que flui
nos rios de mesas
cascatas em chão
... vazão ao tempo.”

Sob a tela de tua alcova
Morria por correr ao vento
Subir colinas
Ao olhar dos espíritos verdadeiros..
Aqueles internos!
Não fantasmas,
Assombros!
Sem temer a lei dos ladros!

O esterco!

Somos a vinha florescente!
A doença em veneno
O mal repentino
E o sorriso do dia
...pois seja sim a tudo!
E ao não também.

.... sua vida estalava!
Não havia previsões!
Ele recebeu! Recebeu! De uma mão mistério
A carta de Deus
Renunciando á vida
E acolhendo seu fim
nas palavras do Homem:

“Anti novo:
desabafo dos incalculáveis dias de inexistência


Tudo o que o opõe
Não como astuto adversário
Mas sim
como austero tremor
Da antiga visão dos não fatos
É débil..

O homem em si emburreceu
Tornou-se perguntador
Não criador
Do que podia ver

Formidáveis seus feitos até o dia da queda!
Como brilha sua estrela da sorte
Que corta a dívida com o contato
Lhe faz carícias na noite fria

Me disseram:
“Eu ainda acredito no sol atrás da escuridão”
“ainda pertenço as mudanças de ares
cortando a neblina espessa
separando os verdadeiros reatores”
“é uma grande adoração
atingir o reino das almas
o transe do inferno
o renascer do espírito
a morte da castradora de corações
seus filhos e simplórias
feches de leites azedos a caminho do chão
toda a libertação do verbo
esta palavra maldita!
Liberdade!”

O que te faz ser tão escravo
É acreditar em liberdade...

Libertos do pudor!
Da ordinária razão!
Da privada opressão
Do influente juízo
Do declínio cristão
Do corrupto ser
Do combinado medo
Libertos da liberdade!
Esta estranha estrutura de pensamento
Que precede a existência
Em estúpida arrogância
Te faz necessitado de sua vida!
Te liga à sua aparição
Te faz acreditar..

Nada pode nos fazer acreditar
Acreditar é próprio
Acreditar é infindável
Acreditar não se transmite!
Não da maneira peculiar do animal congênito

Crime é deixar que futuras gerações
Comam da mesma merda impegável!
Que os recebam com horrores passados!
Sumam com toda esta sujeira!
Nós não valemos nada!
O valor é próprio
O valor é invenção
O valor se descarta

Recordemos sempre que
As privações oriundas
Das vias de estímulos florescentes
Levam ao desestímulo do organismo
Ao fim de seu interesse vital
O faz acreditar num sonho
Que compense toda sua falta de percepção
Onde possa
finalmente
Descansar em paz.....

Ass: Deus”


-Das carícias tolas á Lua-

Na soberba farra divina
Caminhei entre os secos de coração
Olhando alto algo agoniando
Pedindo olhos
A tua ladra beleza


- Amores ao espelho do Sol -

Nada do que esta escrito
Se parece com o próprio visto

Tudo caminha em mim
Para mim
E jogado
Para fora
Sempre és

Os lunáticos,
Pouca luz e muita gratidão
Querem pouco
E disto fazem sua imensidão

Quem caminha não escreve
E esta é minha resposta á você, louco delírio!
Que ao invés de simbiotizar
Se separa...

Agora sabemos que
As noites luminosas são nossas reais adorações
E nossas adoráveis sensações, o que nos fazem vivos

Só acredito nos sentidos
...e nos extra sentidos!

nada existe senão nós
não é algo atroz
mas sim,
espírito feroz

por lábios, por fios
por sangue, por líquido

aos vários ângulos
de rolagens felizes
entre finas teias
das mãos humanas
enfim, insanas
mas pouco tristes
pois só resistes
por nada ver, ou perceber
ao redor do espaço
a liberdade
o nada preso
o pó começo
um desespero,
logo zelo
então tempero
desta viajem central
ao núcleo do nada.

-A voz mendiga de la noche-

A luz furtada de Los
Derramada em dois
Suspeita a fuga de nós
Entrecortando a voz

Azul e franca mentira
Das meias cosas da vida
Sem pé de vento ou saliva
Assim como algo exemplar

Ula vem de la vita salva
Del cabelo esguio
Em momiento calmo
... a ti esperas en la noche calma

só o banho invisível
dirá então
se verdadeiros são
en la agonia terrena..

Sonho um dia dormir para sonhar que estou acordado

Nós temos uma única missão... sermos eternos

O homem inventou o trabalho por nascer preguiçoso
pois se nascesse trabalhando
inventaria a preguiça

As letras, como as estrelas, formam zodíacos
que só a nós interessa

Temos de produzir POSSIBILIDADES de sentido,
não o próprio sentido

SIGNIFICADO é a palavra chave
para a cela racional ao qual estamos presos
e fodidos





- O tempo feio que escarnece olhares -

Por debaixo dos algodões resfriadores
As dores
A falta
A viciante espera por mais alguma faísca roubada

Nas mãos dos tolos
Nos panfletos moucos
O teu nome

Abduzido e calmo
em si distante
Dos imbecis plantados

O ardor persiste
Pela esfera mítica
Pela dança cínica

Ou, por um satélite frio
e desabitado..



Acabou.


-mike cost-

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