quarta-feira, 20 de maio de 2009
O HOMEM ALUCINADO
I
Uma maldição se lançou sobre tal homem que, dilacerou sua alma fugenta, e caiu no labirinto da dor. O mundo era medíocre. Os seres morriam sem sua importância. As mentiras proliferavam e fundavam planando sobre sua cabeça.
De uma pequena janela assistia ao espetáculo diário. Horror repentino, cenas simples, alegrias podres, palavras fúteis, comportamento cristão, sexo frio, distante, televisivo, novelístico, beirando o infame. Mas... deixe-os, pensava assim aquele homem, que se afoguem na própria lama.
Pelas ruas, um desfile de moda saliente buscando olhares á sua conduta, apelo por exposição, as vacas para os bois. Disto tudo se esquivou o HOMEM ALUCINADO!
De seu quarto certo dia planou pelas ruas. Com um arco de flechas envenenadas, desejava um ataque fulminante contra todos aqueles que puniram seu espírito límpido e desrespeitaram seu ardor inocente. Seria pouco. No pescoço então mirou. Um pequeno ruído da corda a se esticar e pender a madeira do arco a um gemido vivo. Depois, só o que se ouve é o som do ar se rasgando e de um bloco de carne e ossos se entregar ao chão eternamente. A maior prova de que o fim é aqui mesmo.
Ele caiu em si na hora em que estava em um beco vazio, sem humano ou alma viva, calmamente fumando um cigarro, lembrando como é bom se matar, vivendo, óbvio. Pois para certas pessoas o desejo de morte se confunde com os atos humanos. Eles não enxergam, se quer sentem o cheiro, de sua própria morte fundida. Pobres deles, pensava, pobres deles..
Qual lugar não seria nosso, homem civilizado? Você e eu coexistimos, você e eu é e sempre será uma mentira! Tudo é um redemoinho sombrio nos empurrando pro buraco negro da vida. Espirais da vida e espirais da morte. Assim tudo é. Um infinito instante multiplicado em tempo. O passado em futuros de antigas coisas que virão. Ele espreita todas essas realidades..
A beira de uma revolução total, o HOMEM ALUCINADO, pôs-se a dormir. Para fugir. Se esconder do mal. Mas...uma voz soou seus ouvidos. Era a mãe. A mãe louca que nos botou no mundo. Nos entregou e disse “Faça disso um prazer imune e cristalino, de sexo loucura e dor...”
Assim acordou num salto! Brindou o dia como um gaiato e a noite feito um momo. Nítida morte seguida de vida. O processo, poucos tem alma para sentir. Alma, captadora de emoções, poucos a tem, pouquíssimos a possuem, agora sabemos donde provém a fraqueza humana. Nos sentidos sentindo a falta da principal face. Sem isso a selvageria não volta. Não seremos animais, não teremos destinos, apenas anjos de um paraíso falso.
No escuro sobrepõem seus olhos. Procuram o que a civilização oferece. As drogas sadias, as que fazem o maior mal. As que limitam o ser a uma escravidão paladar e domestica irreversíveis. Salva-los eu? Negativo. Sou um animal não um anjo. Recuso-me a limpar os pés para lhe oferecer amor. Me destino ao inferno para não ter contato com os habitantes do céu. Sou limpo demais. Sou da rapina. Roubo a voz do narrador. Lhe digo o que fazer. Sou sua paranóia.. sou seu modo de ser.. sou tua alma.. então ouça o que digo. Morra. Sim, morra. Agora e sempre. Pois o limite é onde nos deparamos com o medo. E não reunimos forças o suficiente para viver neste limite. Estamos distantes e tristes quando não temos coragem. E todos vocês assim morrerão se não quiserem morrer na glória*. (Alexandre)
Ele se foi. Deixou-me terminar. Então... suas malas em costas, foi-se o HOMEM ALUCINADO ao altar dos deuses pedir orientação. Beba, disse eles, beba o sangue na lua cheia, beba o sangue na floresta, escape do frio, escape da servidão, aqui se encontra a liberdade, da própria liberdade e de tudo. Onde morrer não existe, onde cair e se apagar será sem dúvida num sonho real de extremo teor de sexo.
Alto grau de ilusão em saber que morrerei sem provar do paraíso do homem livre... Ele quer viver livre sobre a tunda do céu e o manto escuro brilhante.
Dó, palavra pequena, palavra que não deveríamos nunca conhecer. Mas apareceu, sobre meu diário dizendo, use me. Uso. Dó. Para o pior. O pior ouvido de todos os tempos.
Ele invade todas as minhas narrativas! Que porra! .... vamos novamente,.. ele adorava virgens. O limite estava ali! No início de tudo. Depois.. háa, depois era apenas uma fruta já mordida.
Sua loucura era seduzir as virgens, as ninfetas, que em ti deliravam feito bacantes! Ali! Ali estava a vida! Escondida... no monte Olimpo. Para uso dos deuses, logo depois convertidos em santos, corruptos humanos cagões que seduziam multidões com seu império de mansidão! Foi o fim! O fim de tudo! Agora estamos aqui, vivendo feito vermes de uma terra de donos feudais! Seguindo contos de milênios atrás. Comendo comida fabricada! Nos vestindo como palhaços de um circo sem platéia! HAHAHAHAHAHAH! Essa é minha vitória! Contra a boca que tudo mente! e o ouvido que sujo escuta...
Bem... vamos lá. Descendo pela rua um dia vi, e percebi, por pouco tempo, a imagem de um demônio entre as crianças, lançando seu mal libidinoso pelos caminhos ainda não traçados dos pequenos. Era o HOMEM ALUCINADO. Mas não pensem vocês que dele nada bom serviria. Era um nobre ente da vida desfilando entre nós mortais com sorrisos e lágrimas nas mangas da blusa. Atirando um sal assassino, porém limpo, no ar cretino que ninguém engrandece. Vejam. Vejam por si mesmos suas últimas palavras:
“ Tentando se rebela um certo vigor momentâneo
verbilhante como o som de uma mulher
ainda quer seu destino animal?
Onde andas o bem?
Caminhando nos corredores sujos humanos
E caindo de boca na latrina do mundo..
Qual a proposta?
Qual o fim?
Nós mesmos, salivares vivos
Do ar, único deus
Do mar, único ateu
Seita aceita a tempos
Ainda vivemos á mercê do ódio
Cuspindo suas sendas ao amanhecer
Os gritos de ontem morreram cedo demais para você, mas as dores futuras ainda suportam o eterno, entre suas pernas... entre seus deuses.... come ainda aquela farta fatura? Sobe agora ao patamar do todo?
Cadeia á aquele que derribar ao mal?
Não seja santo nem anjo! Seja! Seja! Algo, e nada mais.
Algo podre, algo doente, para matar estas malditas palavras. Para os crentes, crentes que vão para o céu, morderem os dedos e não pensarem no verdadeiro fim.
Minha carta manifesto oração do capeta ou o que for, caiu em mãos demais. Devo conter meus impulsos pois o que esta vivo esta morto. Pensemos no fantasma. Pensemos na ilusão do real.
Que ordem haveria?
Onde criaríamos nossas crias?
Não há espaços para os animais
Não há respeito aos loucos
Que diferente dos malucos
Fazem por merecer a dádiva..
Quando um dia um homem, sequer um único, conseguir observar a brecha no vazio, o canto do nada, ver o quanto desesperançosas são nossas breves existências, quão pífias e absurdas surgem ao dia, Ah meus amigos, os olhos sairiam das órbitas, os dentes rangeriam por séculos, o corpo explodiria em centrilhões! O escuro. O escuro. Por que tememos? Por que? Pelo simples fato de ser o algo mais próximo do descanso eterno. O escuro absoluto. É assim. Cruel e múltiplo.
A razão invade
Cerca tudo num raio de um infinito existir
Lambeu a todos num dia caloroso
Ou numa noite fria de inverno?
Quando a morte interessa? Quando eu lhe lançar nas colinas de Prometeu saberá do que tento explanar. Prometeu em chamas, desceu e louco fez-se. Destes deuses padecem a terra. O vilão. Traído por seus. Coberto da mais eterna dor. Sem nunca arredar na vergonha do arrependimento.
Invadido pela mais completa onda desconhecida prevaleço descalço contra tudo e contra todos, mais criminoso que quantos?, mais inverossímil quanto quem?
Sombra, pesadelo, morte.... acabaram ou começam agora? Nunca saberia o fim da história pois esta não tem fim. Sobra mesmo o canto do infindável a me atacar nas noites de vagas. Comendo do medo para sanar o leite envenenado.
Meu plano
Cataclísmico
Genocídico
Ao Nazi-capitalismo
Uma navalha!
Á todos que contra se fazem
As armas,
SÃO UM TIPO DE REMÉDIO DE UM NOVO ESPÉCIME DE FARMÁCIA
Tudo para gerar e gerar
O mel para as abelhas rainhas
Então, vamos secar a fonte
Vamos molhar a festa
Vamos querer o fim
Só assim nascerá algo novo
A mesma barbárie!
A todos!
Gado!
Gado!
Ao caixa!
Á loja!
Ao templo!
Ao trabalho!..
Existe algo a mais a se dizer ?
Se tiverem digam por mim
Canso
Canso..
Canso de ver olhos que merecem a ponta de uma agulha viva, ouvidos entupidos do mais perverso torpor de roda, os perfumes nojentos que flutuam e me fazem espirrar, as caras feias das vagabundas que santas fazem se ver, o jeito passivo da velhice covarde á qual tropeçamos a cada esquina!
Nojo! Nojo! O mais profundo asco! Eis, Homem das Estrelas, a minha humanidade! Me supera em virtude! Me reduz a objeto.
A religião matou minha família
E a de muitos outros
Mas eu vi
Os tiros alvejados por ela
Na minha frente
Mas nada pude fazer
Seus argumentos existem a bem mais tempo que eu...
Ela vai lhe sugando
Limpando
Secando seus frutos
Seus galhos ficam fracos
Secos
Sua vontade de viver se esvai
“Existe outro lugar...”
é ai que eles se entregam
e depois
nada do que foi valeu para lembrar..
ai entra outra salvação!
A farmácia!
Sim! A farmácia
Que esta ali com seus múltiplos santos
Que servem para todo tipo de maldição
Santo Berdenzol
Santo Tiberol
Santo Xilocaina
Santo Potássio de moxilinina sonérgica do caralho a quatro!
... de tudo e para tudo
artifícios da escravatura
mãos suaves escondem açoites
cerca viva ao teu redor
medo das palavras
treme ao saber
furor sumido
valente chama do destino
que gira em espirais
nunca esta feito
é sempre outro
vocês são gelo
em formas
macacos metálicos
sem identidade
bonecos e bonecas!
eternizarei sua má vivência
com minha boca inexistente
Herostrato..
Diga me..
Onde esta o nome
Que viverá mais tempo?..
Certamente mesmo em lápide
Sobrevives o defunto
Mas necessita o presunto
De outro futuro cadáver
para contar
mais vale aqui
sentar-se sob uma árvore
e morrer
renascer a noite
e roubar as virgens de seus zelosos pais.”
.... bem, dizia eu que... bom, deixemos isto para lá.
O HOMEM ALUCINADO realmente não, neste instante, vivo se faz. Pelo que foi recolhido de informaçõ!eS Argg!!...!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Heii!!!! Haaaaaaaaaa!!!!!
.......
.....
...
.
a vingança se faz pelos olhos!
A morte se escapa pela boca!
O ventre morre antes de tudo!
A criança divina não viverá!
Sacrificada antes por seu Deus, filho da puta!
Por aquilo que te deixa menor!
Onde estive?!
No ninho das serpentes!
No palácio da hipocrisia humana!
No limbo do loucos.
II
Então, aqui mereço uma defesa, contra tudo e contra todos, não que com isso algum novo horizonte se abrirá para mim, ou uma falsa e ridícula felicidade venha me abduzir, mas.. assim como erramos mostramos, que por mais tolo que pareça, sempre mora uma bela intenção confundida, que como uma nobre certeza se faz triste falência. As várias dicas para se desprezar, os longos tipos de solidão, a morte certa, vocês... vacas dormindo no paraíso do sol cruel. Vamos!, como todos vocês, sermos mentirosos!
Combinemos, o rastro da dor no hemisfério inferior redobra as chances de se desfalecer por nada, mas um nada constante, que aparece e some,... constantemente. Apagou, sombra, nuvem, corpos que jamais irão se unir, um tiro, adagas, almas distantes, muros, campos, prisões... ainda falta o espírito do criminoso.
Pois vá! Foda-se você! Se entregue ao labirinto! Sugue da satisfação e das novas sensações! Isso para você não passa de calmante e pílulas de sonambulismo.
Desfile.. arde a vista.. a sapiência débil.. o sorriso disfarce.. a canalha roda.. nós, os rejeitados por deus e banidos do paraíso, transeuntes sem vida para todos os habitantes do império, sem reação pois, a terra queima de volta ao passado.
Só adoro o organismo. O que nos trás até aqui. Sem nada dizer. Abandona. Dádiva e castigo. Tudo ou nada. Tentar ou morrer calado. Ser besta ou solitário. Assassino ou herói.
?
Em suas mãos as longas vidas de uma arma. De volta ao uso. Com um choque suave no maldito. A voz me pede. Mais uma vez, isso é bom.. a vingança sob um tapete de cor. Uma só cor que diz todo o feito. Eles estão de olho em mim.. como uma psicose diurna.. a seringa me espreita.. os jalecos brancos.. as vitrines e telas.. os parques para diversão de todos..! escute.. acho eu que tudo o que agrada a todos guarda uma dose cavalar de insânia além de uma multiplicação fracassada das ilusões dos sentidos em se crer que o que agrada a maioria é bom.
Certa noite estive perdido num café entre mesas triangulares, musica boa e absinto abundante. Cantei mudo. Fingi não fingir. Uma mulher me quis. Logo quis ela. Negar uma mulher, desde que seja realmente mulher para você, é um precipício da vida, uma morte infeliz e desgraçada. La estávamos. Sem saber. O que dizer quando o mundo se acaba e celebramos agora o fim de tudo? La fora, os gritos, a diminuição do espaço, o único espaço que a boa mãe nos reservou. Sem nada mesmo nas mãos dos homens! Todos covardes! Desejo seu fim!
Guardam suas crenças debaixo dos travesseiros para lembrar a noite, a hora a pior hora, que a consciência vem cobrar o dia vivido.
Não! Vocês acabaram com tudo.. me mataram.. secaram toda a fonte, todo o esforço.. sua peçonha nada será que uma prova da vida quimérica que tens.
Possuir. Possuir. O que é possuir, diga me. Não, não sabe. Mas ela sabe. Te possuir. Porcarias de aromas suaves e variados. Comemorando! O quê?! O quê, filho da puta!!?? A sombra das coisas ao chão, a pele da cobra! O rastro!! Tudo o que é esquecido pelo anfitrião biltre. Sim pois a covardia é santa em certas cozinhas, em certos banquetes e falsas bonanças. Casa de família! Afirmam assim uma certa moral, um certo pudor. Afirmam mais ainda quando exigem! Sim, exigem com delicadeza dos anjos. Uma sedução! Porcos filhos da puta.. quando tudo o que eles querem é poder. Controle sobre mim. Sobre Prometeu. Nossa promessa é eterna, não se quebra com a pior das doenças nem a mais maligna dor. Sangue ruim é o que nós temos. Salvos pelos calcanhares. Ante o abismo. Viver se torna missão quase impossível. Mas ao sobreviver se fortalece. Das florestas escuras com um único centro aquecido de conjuras, humanos ou não, dançando ao olhar da lua e sob a mentira das estrelas. E naquela noite, naquele café... eu peguei aquela mulher.
III
Poesia encontrada entre os pertences de uma vítima de estupro:
“ Puta!!!.. a consciência nos matou
E quando éramos apenas loucos?
Quão feliz te comprava
Entre os terríveis contatos com o assombro
Num estrondo
Caímos no paraíso..
A lua para nos guiar e dizer
Que graças a sua fúria por vida
As distantes pedras do abismo
Não deceparam nossas cabeças
Pois de mal seria
O fim das mesmas..
Sopro contundente
Me leve ao ar
DEUS, único DEUS
Não o Deus dos fariseus
Nem alto índice de breu
Falo alto
Para meu coração tão rico
Poder repousar..
Portanto se assim dizer
O maldito destino
Folha e pedra que não pode ser erguido
Mas resta ser derrubado
.. assim então amado
destino! Maldito destino
que arranca seus olhos e diz:
“ Vi antes com eles!”
algo nos precede...
nós mesmos..
somos nós antes mesmo de nós
somos pó antes mesmo do só
corrente epífane
vertente insípida
ossos e alma
na mesma rota..
devorados fomos
pela doença certeira
consciência
de tudo e de todos
... que dor
... que pena
apenas a cena
configurada
roubada
pelas mãos de Deus!!!
Isso que lhes atrai!!!
Que lhes compra!!!
Morte. ”
IV
Sabe a melhor maneira de melhorar a humanidade? Corrompendo aqueles de 14 anos. As virgens são mais virgens, a divindade copular é mais rica, a busca pelo desconhecido mora ali, nos olhos da criança entregue. Um louco desfile entre ninfas do amor, copulando vida e erotismo sinuoso. A rocha se quebra ao encontrar a passagem mágica ao delírio. A respiração ofegante, o calor derribador de santos, a língua, em si um ser. Isto é morte para os amantes da própria. Eu, recebo entre bálsamos e lírios, a parcela única, o fim inicial, uma penetrante escolha. O labirinto infernal da posse. Esta ai mais uma vez a te atacar..
Então, o que é o fim para mim?
É estar aqui.
Não ataco a pura flor de te corpo, não percebo a forte cor de seu medo, vivo entre sobreviventes do holocausto. O apocalipse que nunca chega, a certeza de que irão criar outra artimanha para ajeitar tudinho de novo. Sabem por que? Por que a Era do Carbono esta no fim. Mirando seu desaparecimento em virtude da simples razão, vilã disso tudo. Pena eu ser apenas poeira sideral e já Ter perdido minha alma neste lugar do tempo. Pois a nudez estará de volta. E as vestimentas serão arte! Abaixo a ostentação! Dançarinos.. na roda.. giros e sons.. tontura.. travessia.. energias nunca ali.. a percepção.. a sintonia.. como rádios..
No leito do céu negro, entre copas de árvores centenárias, no frio cortante a navalha, esta a pura, aquilo que todos se matam, e se fartam... a virgem que pede com suspiro um alívio para sua falta de dor. Devo curar sua doença do bem como quem Jesus é. Pois santo trepa e destrepa, filho de Deus é comedor de vagina e fodedor da madrugada. Sim! As mulheres beatas, sacodem os seios nas faces suadas dos maiores canalhas! Por que?! Somos filhos de Deus!!! Somos salvos! Hahahahhaha que ilusão. Que ponto de interrogação esta faltando á vida destes entes doentes da vida? A exclamação já furou muitos tímpanos com suas estacas! Elas atacam. Na lua cheia se transformam. Foram queimadas por serem fiéis á eficácia da vida. Por derreterem o puro líquido do sexo na grama limpa do organismo.
Agora? Agora são bonecas das perversões sadias humanas.
Não.
Esta é a maior prova de suicídio. Deixar morrer a fruta do louco devaneio noturno.
Sombras... sombras breves do abismo.
V
Foda-se essa merda. Dane-se o passado. Ele sobrevoa nossas asas em noites de pontos mortos. Seriamos menos desgraçados se certas pessoas não fossem tão medíocres. Que certas atitudes atravessem a dor e falem como poucas bocas. Fui rechaçado pelas antigas ninfas que são lápides eternas do Juanismo, latente maldição! razão, cólera por não possuir nem a mim mesmo. Saber que breve serei e breve acabarei. Resistindo apenas a longínqua formação do universo, a consciência, maldita.
Saibam que este que vos fala quer dizer e não falar. Apontar para o nada em sua testa. Provar o sangue nobre da virgindade abolida e logo fecunda. A sede de vingança atinge o auge nas letras falsas. E disso disponho o êxito. Logo desprezo. Pela raça atual. A colheita parca. Não... seremos monstros se não unirmos a nudez aos gritos noturnos de sexo grupal e pirante. As novas políticas sociais como divindade do sexo! Uma obra infantil da libido. Cultivar o teor de Baco em suas orgias ao luar. Somos tão anormais hoje. Mas logo passa e tudo estará derretido.
Últimas angústias do captador:
Devo confessar, em duplo, que a tensão obteve seu fim. A missão foi concluída. Devo agora abandonar este corpo. E despejar verdes louros ao novo Mestre. A encarnação do vazio caótico, onde tudo sobrevoa terror, quando navegamos no espaço temporal. Cedi a massa ao louco delírio da natureza. Pus ao dispor do infinito caos esta parte reduzida em busca da elevação. Este merece mais. Agora apenas acentuo que nada mais será de mim cobrado pois, nova persona, vive oculta ás vestes soberbas. Mas esperem... ao amanhecer verão os gritos do novo e soberano ser. Em busca da direção complexa que se forma e faz.
VI
Foi fácil sua morte, difícil a trajetória, e todo seu corpo deseja agora... admito, ser neste instante, algo a se ver, e se esquecer. A morte suplicou meu nome, a falta de sentido corrompeu-me, trocas e favores, uma nova vida!, mais segura, certa, normal!, como desprezo a mim mesmo...
Enfim, o fim chegou. Esta sombra não terá mais luz a lhe procurar. O ponto limite, aquele nunca imaginado nas noites de medo, aparece como o mais terrível câncer. E sabes que nunca, nunca sentirá o cheiro da flor, o ar do destino, a beleza do sexo. Nunca caminhará com outras células amadas ao lado, e todo verão lembrará dos dias de pouca sabedoria em se surpreender positiva e alegremente. Queimará no inferno de seu peito, com os demônios criados por si só, morto, derretido e sem cara, esquecido e rechaçado do bando, um animal rasteiro aos outros convenientes da vida. Rompa!, agora mesmo! Nada será como antes!...., mas acabou-se o atomismo em seu coração...
Fraco, o HOMEM ALUCINADO caminha entre os iguais. Procura disfarçadamente ver algo para doer. Ou então, vez por outra, sente o instinto empurrar todo seu ser ao templo do nascimento. Sabe que foi morto. Deposto. Um Rei sem reino. Desgraçado, pois, conhece o que mora em si. Transmuta um sentido estranho em busca da vida roubada. Ele foi roubado. Pelas mãos sujas da civilização. Da humanidade imunda que sangra a Terra em busca de morte! Eis!, filhos da maior puta, meu respeito á vocês é um dilúvio de merda sobre suas cabeças.
Vejo! Sim, vejo! A cara alegre de quem deixa... a cara alegre de quem enfraquece... a cara alegre de um doente em estado terminal... vestido em belos trajes, desfilando pela rua, procurando uma atenção onde poderia encontrar um tiro certeiro. Esta ai, o destino do HOMEM ALUCINADO. Viver cuspido pela falta de decência pela espécie.
“Não. Não poderá mais ser um dos nossos. Você é errado! Você é mal. Sombra eterna de um vazio passado.”
Se não pode, chora, se pude-se, não aceitaria.
O templo do nascimento é saqueado, nada ali é mais seu.
É quando desperta da suave leveza na penumbra mórbida de um sanatório a céu aberto que se descobre o segredo da vida. Ser cruel.
Assim retornou ao limbo. Lembra? Como as sensações são gêmeas? Como a lua o perseguiu? As letras? Esqueça. De você. Não esqueça ninguém pois isso é impossível. Esqueça quem tu és. Esqueça o passado. Morra.
O que adiantou falar e falar se no triste desenrolar da história estamos aqui, mortos. Sim, nós morremos. Eu e você. Quem esta ai é outra pessoa. Outra comédia, ou drama não sei bem. É aquilo que os sonhos diziam. “Acorde agora, não deixe acontecer”, era o significado. Então?,... corda ou gilete, ira novamente se perguntar? Para deixar o passado mais parecido com o falso presente? Você já sabia no que iria dar! Então coma o fruto que plantou! Sabe bem que a fraqueza de espirito esta em todos, e esta é mais uma prova disso. Deixou-se levar pelos fracos á terra mal vista, agora pereça quieto.
Ele esta ali, dizendo a todos vocês, que queimou muito tudo isso, levou até o fim as consequências mas, acabou degolado. E que voltará em breve numa nova e desconhecida forma.
Tudo passou e irá passar eternamente, pois o fim é distante. Enquanto houver o aqui haverá o tudo, e cairão feito pedras sobre nossas lembranças. Ele despede-se.. de quem? Há alguém ao qual se despedir?..
Morra de rir, pois ninguém ri quando morre
-VdV-
Quando deixei de lado os lados
cai contra mim mesmo..
quando troquei minhas risadas
por palavras mentirosas
que seduziam os sentidos
com vagas sombras de ilusão
morri...
agora devo morrer de rir!
de mim
de nós
de tudo!
Pago á você um rublo pela ausência
De tua alma pulguenta
Fingida e pútrida
Que vence o dia com o ar fuligem
Com a turva água
Na má carícia..
um bando corre
junto aos sátiros
pela estrada da perdição
onde vive o rei do nada
o medo aponta o subidouro dos anjos
nas colinas flamejantes do destino
só o prazer me interessa
seguido de dor
como for
ao favor..
nossas segundas intenções
advertem o tom
e as bocas...
ainda me chamam ao mar de lágrimas
rindo sobre um cálculo de salvação
maldita ação, que vã
os nutre á milênios
abutres
atacam quando a ferida expõe
quando o sangue jorra
sobrevoam insaciáveis..
hehehe... você acredita que
em acreditar se está
imune?
Que ao correr se escapa?
Hhahaahaa!
Siga a dupla mão das escolhas
Pense nelas
Dia e noite
Como a prole de um aleijado analfabeto
Que deturpa um reino
E renasce um Deus..
Como estar neste limbo
Nesta montanha
Explodindo!
Sem poder chorar
Ao saber
Que nada lhe resta..
Chorar?
Morder-se?
Rir!
Essa é a solução
Da cara destes cadáveres!
Trancafiados no caos numeral
Na centelha grossa da alma mais deplorável
Animais!!! Venham, animais!
A arca é bela!
Já sabiam os ordinários
quiçá vocês!
O igual é morte
Reflexo pálido
A diferença arde
E machuca
Mas ... vive
Estou rindo de sua doença
De seu câncer
Das percas do caminho
Rindo!
Pois esta foi sua peste
Este foi teu pedido
O desprezo..
A víscera..
A calha inútil!
Tua desgraça! Hahaha!!!
Ainda sim sou anjo
Sou filho do bem
Sou bela figura
Um herói!
Que odeia heróis
Ama ladros
aventuras e amores
nada perdi
tudo senti
ao ar de Agadez
dos desertos
dos incertos
sou este vento
que lhe corta a face
a mínima
lembrança
semi lúcida
ambos os males se relacionam
nutrem as conjuras das vozes que lhe dizem
o certo, em seu dedos
apontam o errado
em seus olhos
caia
com os caídos
morra
com os mortos
viva
com os mais mortos ainda...
és o que tens
és o que és
um verme comedor de putrefatos grãos
uma aparição consumida e omissa
fracos!!!
Doentes!!!
Não há remédio para sua cura
Não há tratamento para esta discórdia!
Um apagão
Para sorrisos brancos
Para luzes estranhas
Pois vocês
Vocês!
Corroem
Minha doce fundação
Minha pura alma gilvaz
Sou canalha?
Assassino?
Cabeça á prêmio?
Vocês são fetos!
Dor!
Má felicidade
Curta leveza
Avareza dos extintos
A galinha e os pintos
Medo do gavião
Comendo o milho
Jogado ao chão
por seu Criador
Criamos quem nos criou
Amamos quem nunca ousou
Sentimos o que nunca passou
O que será de nós?
Gostamos das promessas
Fazemos santos e rezas
Perdidos
Loucas bestas de um paraíso de um só
A raça diminui
Ao ampliar das cabeças
O gado é grande
O pasto finito
Outra vasta família que passa e fica
Sofro o mal de Cristo
Joana D’arc
Antonin Artaud
O mal saboroso dos incompreensíveis
Serei roubado
Malfadado
Empoeirado
E ainda!
Levarão louros
certas caveiras
Que se quer
beijaram meus pés
RUÍNAS REMOTAS
vdv
Eu tenho dor, eu tenho dor!
Mas o seu mal é Ter amor...
É Ter pudor ao acordar
E não perceber o dia a brilhar
Como um ser rastejante em putridez
Um mar gotejante ao luar
Penumbra ocular das esferas brilhantes
Tentativa de sexo com pequenas virgens
Ao soar dos insetos pela moita afora
Estamos ao olhar da Lua Cheia
Pedindo perversão sadia
Harmonia com as partes que nos fazem mágicos
A libido como emanação suprema da vida
Sabe-se que
olhar algo a te possuir
É como Ter o cú rasgado pela vergonha
Mesmo que esta
exponha
Uma lágrima a mais
Vim á terra pelas falsas fantasias
Como etapa da vicissitude imposta
Razão como morte!
Que já é a mesma
Racionalidade como aspecto!
De uma vida feia e dolorosa
Sonho macabro como fuga!
A fuga
mesma aquela
Em tantas antigas bocas
A gota rolou pela vagina gritante da garota
Esta sentou sobre deus e pediu
Sexo, amor falso, e perdição
É o que queres?
Sim, isto é
Então é o que terás
E será invejavelmente
realizada
pelos cantos descem-lhes os seios
esculturas, dunas, Dúnicas
únicas!
o poço logo abaixo
no deserto
que carrega seres
o templo copular
algo até então inalcansável ás criaturas longínquas
mas ali explode o delírio
o movimento das pequenas forças emanando juntura
espessa porém suave
violenta porém lúdica
viciante porém desprezada
possuída porém maltratada
pervertida porém respeitável
coisas!
Coisas que porém ninguém como eu entende
A mulher queria afagar meu falo sobre a neve branda
Desejava a seqüência estúpida de meu instinto por fêmea
Levantei-me sem ver
E logo
Cansei-a...
Caída com suor
Rolando como orvalhos divinos da aparência
Nego suas clemências!
E cesso-lhe a respiração...
Dou-lhe o mais belo desfecho
Uma morte consciente
De que seu último desejo
Foi realizado
Caminho após para as esquinas
Onde encontro belas sementes
Que me conduzem
Ao chamado do último
Compro-lhe flores
Compro sem pagar
E tudo não é verdadeiro
Pois estas são cicatrizes
Desenhos em minhas mãos que detestam sentimentalismo languido
Sou carrasco! sou vilão!
Sou a voz perdida que logo encontram e correm
Tapam!
Tapam!
Seus ouvidos Hebreus!
Vocês detestam a existência e pertencem ao mundo do abandono
Abandono da força
Ninguém merece o ar!
Ninguém é digno de pertencer a si!
Ninguém !
Vocês me deploram! Me fazem cuspir
Este chão tão belo
Agora nave
Da mais imbecil vivência
Esta malitude
Versificada em números
Em estratagemas
Mentirosos do amanhã
Vocês odeiam o corpo por isso fedem!
Á merda!
Á lixo!
Á nicho
das ilusões mortais
Eu!
Deus-Ser da aparição
Aguardo a hora de acabar tudo
Mas espero em movimento
Quero ver
Quero saber
Que barreira nos separa do vazio absoluto
A sentença foi dada
Carrego nos dentes
Mordendo
Mastigando
Levando a pequena gostosa menina de pouca idade
Ao labirinto da fodessão
Ao amor por cair na grama
E ser novamente um fantasma
Um “ser-vivo”
Quero mentiras que sejam saborosas
E que não me separem de mim
Na colina
Com desejo por queda pelo sublime canto do Ar
Esta criatura que nos tem
Em suas veias reais
Me faz sorrir
Me faz vivo..
Belo cálido destino
Em cair na efluência
Mas muitos se fartam da covardia!
Para terem ainda motivos de ficarem erguidos
Pobres...
Mas a mim parece que me enxergam como verme
Má influência
Infeliz decência
Mas que decência?
Eu, posso lhe garantir, não tenho alguma
Por que Ter?!
O que a mim interessa?
Nada disso mata minha fome
Nada disso provém minha energia
Haaa, vão se catar!
Quão tórridos me aparecem
Quão mendigos de si mesmos
Quero voltar a animalidade!
Quero voltar ao selvagem!
Quero ser agressivo
Como lobos com fome
Quero Ter presas e venenos mortais
Quero temer aqueles que um dia poderão aterrorizar
Quero transar a céu aberto!!!
E não ver olhos
Estupefatos...
Por que isto é tão distante?
Impossível
Invisível!
Eles só enxergam as vias dos veículos poluidores
O papel despejado aos dedos rápidos
Ao poder do poder mesquinho
Pobres...
Disfarce!
Sou noturno
O dia
Para o deleite
Mas na natureza...
Temos de jogar
As vezes
ando a furtar
A enganar
Mentes deficientes
Logo dementes
Renas...
Remotamente longínquas estão as Ruínas
Esperando sua vida
Dentro daquilo que já esta
Ainda efervescente
La adiante
Como trem ambulante
Isto é o que há
Só há o que há
Áh
Ah ‘
AHÁ
ÀHÁ
Logo acima um símbolo
Que concluímos ser algo
Mas de perto
Não é nada.
RUÍNAS DO AMANHECER
vdv
Nos obtiveram no cárcere
Nos condensaram em sal
Furtas-te o libidinoso momento
A troca de verminoso relento
As vestes dizem
A perspectiva da desforme raça a qual me circunda
Como o fácil se torna agradável
Só vejo covardes
Figurantes sem nau
Comédias pútridas da visão
Vejo apenas cadáveres
Em rodas frívolas
Das festas cômicas
Sois fruto da semente do nojo
sua limpeza exala cheiro de algo morto
E sobre seus pedestais da razão
Vive um império de mansidão
Dos instintos
No fundo sabemos as máscaras que usamos
As de orgias vampirescas
As de amores mentirosos
Talvez até aquela de médico e monstro
Mas sim, eis isto
Eis o que restou do passado
Nada
O que esperar?
O que detalhar?
Tu mentes
Como sentes
E nunca sabes
Atropela
Com perfumes
E se trata
Como gado marcado
De um paraíso fictício
Um admirável mundo porco!
Um reluzente véu cintilante
Seduzindo a todos
Essa existência medíocre me revolta!
Esse mal submisso me derrete
Este mar vermelho e sujo me afoga
Não
Não sou próximo da lista..
As heranças de Cristo
Sobrevivem metamorfoseadas
Evoluíram em si
Trocaram a face
São mais e mais sedutoras
Mas aquela mania de consciência nunca morre
De La para ca, sempre o mesmo
A evolução se deu exteriormente
E a humanidade parou
Parou!!!
Algum imbecil disse que o tempo não para!
Mas ele para!!!
E todos fazemos parte da mesma fossa umbilical de Deus..
O que? O que perguntas?
Ah, sim
Os índios do além
Os habitantes da nave
Aqueles que estão por vir
A raça impele oráculos
Para guiarem os filhos até a transcendência
E me disse
“As tribos voltarão
No colapso do humano...”
Temos de por fim á maldição
Temos de por caldo ás lendas crédulas
Cara
Todos os zumbis humanos que tenho o desprazer de perceber
Em minhas mais altas percepções
Me parecem fezes
Sim, fezes
Fezes da moral
Fezes dos bons modos
Fezes da educação
Fezes da delicadeza abrupta!
Cheiram mal vocês!!!
Cheiram á... fezes!
Hahahahahaha
Seu Éden numeral lhe suga a alma
Sua fruta negada!
Vocês á negam!
Os homens
Omissos enquanto as regras!
Como Adão
Um servidor
Das leis
As mulheres!
Continuam frutos dos devaneios dos homens doentes
Bonecas íntimas de um situação
Livres idiotas que concordam com as cordas que lhe laçam
AS MULHERES DAQUI SÃO PUTAS PERFUMADAS QUE EXORTAM AQUELAS QUE FAZEM POR SOBREVIVÊNCIA!
Não respeitam suas irmãs de vida e disfarçam o dom entre os dedos
Não busco nada entre vocês
A única coisa que de ti suspiro
É uma morte breve e salutar
Vá
Caia para então surgir o esperado
Só no fim há nascimento
Na fúria
No ardor
Não nas palavras escolhidas e negras!
Sua roda me evoca Calígula! Erodes ou Nero
Que respiraram o mesmo ar do gelado..
A perversão
Foi perdida.
RUÍNAS DO FUTURO
vdv
Vivemos sobre ruínas do futuro
Aguardamos o alarde final
Empenhamos em cometer crimes á vida
Ao corpo, ao delírio..
Vivemos como irmãos degenerados
Que sopram o ar
com desprezo
que se reúnem em cabanas
para adorar o abandono
o abandono do espírito
á uma negativa presença divina
um tormento á plenitude da vida..
corações não possuem sentimentos
nossa cadeia de informações especulam e
infinitamente
existem..
aqueles que ali moram
comem do fruto de Eva
temem a serpente
carregam isto a séculos
travestem de todos os tons..
nada de hoje existe amanhã
e quem adora o ontem
morre duas vezes
no futuro
e no falso presente..
um espírito ambulante espreita a vivência
vê o ódio dos iguais
a sua bela e sagaz presença..
somos os idiotas no meio das ruas
das praças
somos as marionetes psíquicas do grande cérebro
desfilamos com camuflagens novas de fins de semana
seguimos os padrões aceitáveis á boas personas
somos merda!
Somos porca miséria!
Somos deploráveis monstros da existência..
Reverteríamos tudo isso se alguns
Pudessem ao mesmo ouvir falar
De algumas saliências ocultadas
Pelas mãos castradoras
Mas,
Porém
O que vejo
É cena ridícula e deplorável ao belo fluir da evolução
Um orgulho besta em ser besta
Um medo sombrio de sofrer
Uma dor intensa ao saber
Mesmo ás escondidas
Que são reles..
Mas a mim cabe
Em Marte
com viagens ilúcidas
Observar as bizarrias da escravatura
E perceber
que os que escravizam
São os escravizados..
Existe uma horda
Uma corrupta indecência
Que rebaixa minha estima
Pelos outros..
Nesta horda
Exporta-se cadáveres
Lápides
Exorta-se Flores
cores..
Esta horda
Satisfaz transeuntes doentes
Malignos seres infecciosos
Que nos levam ao cadafalso da feliz escolha
Ao piedoso fim de si mesmo
Ao rebaixamento total da força
Da dedicação
E da confiança própria..
Quando estive entre eles
Passei mal
Por tempos
Passei mal
Um mal disfarce
Um mal espectro
Um invisível habitante vil
Provei de seus jantares glutões
Onde a gordura almeja alturas
E propõe a si mesmo
Um coroado divino..
Mas eu!
Só me farto no animal
No instintivo
No último caso!
E esse foi meu crime
Esta escrito na intimação
“ ...condenado por ser honesto consigo mesmo.”
Jogado aos abutres
No deserto da mente
A torrar no calor escaldante
E ver que as raríssimas nuvens no céu
Tinham suas faces
Apontando olhos condenantes
Ao martírio enfeitado..
Nunca deram o devido valor ao responsável
No futuro
De sua ruína
Nunca...
Agora pensam serem Reis
No jardim da emulsão!
Que pornografia santa me parece
Pensar somente
Que tais criaturas
Merecem agora
meu mais nobre sentimento..
Não estou falando do amor
Estou falando do ódio
Um sentimento mais limpo
E por que?
Você não odeia por dinheiro
Mas amar sim
com toda certeza..
e mesmo quando o dia se transforme
de sonho a pesadelo
você o terá ao lado
como um veneno
contra os perigos externos..
certa vez
estive a gracejar uma donzela
ela sorria e brincava
se envolvia com minhas palavras
com movimentos e trejeitos, possuí-a
estava longe e impossibilitado de agir
mas
como as tempestades devem regar o corpo de onde nasce
fui pego pela dor ao abrir a boca
e mostrar minha verdade..
Tolo eu?
Não
Tola ela
A pobre lamparina da efervescência libidinosa
Tão querida por mim..
Então lembro de meus antigos cantos
“Seu único bem, seu corpo
Sua única resposta, sua vida
Seu caminho se explica
Pelas pegadas no chão
Estas mesmas marcas
Que lhe dirão quem és
Para aqueles que não vão tão longe
Apenas digo mais
O abismo do mundo
Como um repouso
Onde troco meus pés por asas
Onde troco você por mim..”
“Nas vias da dor
No tempo ao olhar
O mesmo se foi
Nunca irá retornar
Cansado de nunca mais
Perdido na imensidão
São olhos a te cercar
Sem ouvidos pra confissão
um corpo ali caído
Imerso ressurgido
Passado desprovido
De razão
O tempo não vai lhe ouvir
Lhe oferecer
Uma vazão
De poder lhe censurar
Seria o mesmo que uma salvação
De vez..”
“Eu não tenho nada o que dizer
Não tenho mesmo o que entender
No espelho
Só há contrários
Sobre a falsa chance de querer
Respiramos privação
Como néscios parasitas
Sou um a menos
Entre vocês..”
SODINI
vdv
Vivemos entre dois grandes males, que atacam as vísceras puras, as saliências exóticas, as manchas para curar, os delírios importantes que cortam a face, mas nos faziam juntar, emaranhar, flutuar em infernos diferentes. Hoje, neste falso hoje, corrupto, inerte, vejo a cara feliz de quem se entope de lama, desfila e morre, não sabe, talvez inocente fosse. Mas nesta época, indecente é ser inocente, Ter em mãos as possibilidades, e despejá-las no esgoto mais próximo, como conduta de adoração a sua mais profunda convicção.
Vejo lá longe uma erupção. Será quando as almas aprisionadas do homem se libertarão. E poucos dos que imperam hoje resistirão á dança nova dos SODINI!
Vejo uma cavalgada pela madrugada, com gritos, ritos, sangue, sexo e entorpecimentos maiores! Somos os grandes vícios satisfeitos! As grandes guerras são nossas! As demências se foram com suas antigas conjuras! Agora se intervém o novo..
Os edifícios que uniam o céu com os homens, artigos.. artigos, pesadelos passados. As doenças, as frágeis doenças são queda. Não existem mais senão em comédia. As botiques de adoração, o industrialismo das bundas femininas, o maquinário dos mancebos, a venda, a compra, a fome, a sintonia! Tudo! Abraces esta vulva de metal agora, menino! Sorria assim, menino! Sejas! Sejas! Assim!!! Meninooo!!
A dor, a dor cura. Amor, amor encurta. Sexo, sexo oculta. Perversão, perversão ajuda. Sou um imoral tal quais todos os que encontrei nos papéis denunciadores. Sou! Assim é prazeroso e honesto, a meu ver. Limpo, limpo como duas mãos virgens. Não sujo, como as famílias cristãs. Na arma maior esta a melhor certeza de não Ter certeza alguma de nada. Nada, meus caros, que te abraça no fim, nada mais..
A raça é adoradora. A raça é mutiladora. A raça foi interrompida pela natureza, que formula agora a nova. A raça diz a si mesma, morra. A raça já sabe bem qual seu destino. A raça caminha. A raça não tem olhos, ela se esconde, dos espelhos, das respostas. Pois não há perguntas. Em SODINI não há perguntas. O suicídio da resposta as igualou. Hoje é tudo igual na vizinhança de nossas almas. Talvez eu queira passar uns tempos enclausurado, bebendo, fumando, gritando, sorrindo, falando sozinho, andar nu, ser sujo, matar, viver, ser deus, não ser mais um trouxa ambulante entre os mais bestas ainda..
Fundaremos então a breve história gloriosa dos SODINI. Nomes, codinomes, pré-nomes, tudo! dirão sobre nós, tudo, e tudo não será nada. Pelas naus da inversão total. A água é a razão, e nós, os marinheiros loucos. Banhamo-nos às vezes em seu corpo. Mas, mar da razão,... não somos peixes..
Onde estávamos quando tudo morreu?
vdv
Onde estávamos quando tudo morreu?
Onde estávamos quando tudo aconteceu?
...aqui
aqui e ao contrário
vestidos do mais lindo véu de doidera
do mais fabuloso sol repentino
da violência vivida!
Éramos seres e não monstros
Caminhos
E ladeiras
Fomos cavernas em noites tórridas
Em dias eternos
A maldição de mim mesmo! Resolvi lidar!
Lhe dar! Como uma bomba que move veias
Ofuscar! O céu e as estrelas
E trazer o espírito livre
De volta ao lar
Talvez eu vença o medo ao acaso
Talvez eu sinto o nojo ao abraço
Ao crasso
Ao insultante
Ao insultado
Ao quase!
Vários
Sobre telhas
Centelhas e vespas
Paraísos idílicos
Sexo e lascívia
Tudo que mereço
Põe-se agora no camalhão do amor!
Na esfera cínica da flor!
Nesta vida! Neste vaso!
Sois tu quem mergulha, mas não sabe onde
O que come, se some
Em você
detone
Toda a púrpura do horror
Todo o verso fúnebre de mentes
As nobres cinzas de um vagabundo a malandrar pelas vielas!
( aplausos )
venho por meio deste me expressar e dizer
primeiramente
o orgulho em brotar do nada
e tentar a todo custo permanecer no todo
obrigado
neste prisionário reinado da moeda
estamos apertados, curvos, sentados
desconfortáveis perante a vida
passivos enquanto a tudo
doentes, previsíveis, deficitários
mentirosos, imundos, velhos
que fim teremos se seguirmos o que esta?
Como cantaremos se as bocas comem muito!
Como ouviremos se o mal ali pernoita?
Como dançaremos se as obrigações transformaram esta em rotina diversão?...
Sou
Sou
Apenas sou
Vou
Vou
Nem sei se vou
Mas vôo
Vôo longe
Onde nunca entrarás
Pois só existe para um
Vamos desligar os fios
As esteiras que nos levam á reciclagem dos corpos
A morte, irmãos
É a reciclagem dos corpos
Você e eu
HAHAHAHAHAHA
Já éramos...
Você e eu nunca fomos
Você e eu é uma ilusão
Uma terrível ilusão
Forjada á anos por centenas de vagabundos não anônimos que um dia ousaram ...ousar
Gosto dos que ousam ousar
Mas quem veio após
Tratou de imundalhar!
De malfadar!
Aquilo que tanto sangue derramou
O que?!
Meu crânio?
Ainda se ergue
Ainda se curte ao fim do mesmo!
O que permite as nuvens do universo navegar
Sou este
Tão desconhecido quanto tudo!
Sou este
O que sempre despeja tudo na garganta profunda do vazio...
A pornografia familiar me fascina
A pornografia familiar me ilude
Me engana
Me faz crescer uma pergunta!
Uma vasta pergunta!
...como tu não se desvenda?
Como ninguém desconfia de seus laços!?
Como nada lhe põe medo?
Incrível!
E aquela coisa estranha chamada semana?
Coisa feia e quase invisível
Só perdendo para o calendário
Algo são
Algo distante
Mas não confunda
Aqui é o fim da linha
Aqui é a cala da fala
Aqui é o meio princípio
E no pasto de traços
Estamos na máquina
Na nave
Na nave carbônica
Fumegando...
Esquentando...
Gerando...
Um elemento novo na composição das estruturas
Uma nova chance de se expandir sem limites
De se auto recriar, de se auto obter
Uma sensação que navega pelo universo
Que é o próprio universo
Percebendo a si
Em cantigas, em fúrias
Nada importa para ele
Apenas existir das mais estranhas formas
Das mais impossíveis maneiras
Dentro e fora de si
Dualidades fervilhantes!
Formando as mais complexas unidades
Pausa para um suspiro
...
para um eco á Caesar
...
para uma vista ao sangue da cura
...
á todo o clamor de vida dos Faraós
...
toda serventia do povo
HAHAHAHAHA
Ainda existe povo...
Serei breve,
O povo esta em extinção
Não existirão mais povos
Não há dúvidas
O povo é um organismo em extinção
Por que digo isto?
Por que a evolução assim se faz
A extirpação de toda a sociabilidade animal!
A total falta de faltar!
O poder em si mesmo!
Pro cú com tudo porra!!!
Nascemos e somos soberanos
Nada do que seja um espectro do dia nos serve
Vivemos da terra e na terra acreditamos
Somos filhos não ingratos
Somos vinhas resplandecentes
Somos cruéis
Como os pássaros que cantam.
Fim de papo.
-mike cost-
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