domingo, 31 de maio de 2009

Consumia com suas...


“À noite te consumia com suas pequenas sombras esquecidas
Era apenas um complexo de movimentos a se rastejar pelo frio cortante
As lâmpadas, como sempre, interrompem o sexo dos olhos
O encontro com o nada
Obstruído...”

Eles estavam num cemitério escondido entre as arvores da colina. Eles estavam em seu veiculo estático ao lado. A erva queimou como as fogueiras cristãs. Os sorrisos e conversas dentre as blasfêmias a Cristo, que já não colam mais, foram enfim interrompidas pela força brutal da NAÇÃO. A policia apareceu. A policia veio até eles e dentro do veiculo todos a sorrir. Vieram como robôs. Gritaram para que saíssem (heheheheeh). Ameaças, militarismo canino de homens que sequer se questionam da lei que recebem para aplicar, ou até pouco habilidosos com a caneta e os pensamentos, levando esporro de superiores pelo rádio, para que todos ali ouvissem. “O que vocês estavam fazendo aqui no cemitério. Aqui não há ninguém, vocês estão errados na situação?”. Nós somos anti-sociais, nos não gostamos de gente, nos queremos ficar longe de tudo. De boa vééééi..... heheheheeheheh.
No fim tudo é gozação, no fim tudo é piada, não é mesmo. Sempre a merda transcorrendo solta e sempre, a mesma, gastada mais tarde em algum baseado ou copo de cerveja. Fazemos-nos de tudo para esquecer quem somos e isso é a tal merda. Esta em se falar quando na verdade calar-se seria um sacrifício. Fingir talvez ninguém saiba mas, o que tentam, porraaa ... Correr todo mundo quer! Mas na frente ou atrás ninguém ainda se decidiu... Nós, filhos da revolução! Lembram da geração anterior? Lutaram! Sim, lutaram! Bravos contra a tal DITADURA. Lutaram para terem casa, comida e TV em seus apartamentos burgueses. Para terem shoppings para seus filhos entupidos de cultura americana se recrear a esmo com as outras criaturas padrão. E construíram assim a grande NAÇÃO. Construíram assim um reduto de pobres trabalhadores e bestas nos sofás. Compradores virtuais de satisfação. Ainda caminhamos lento, lento demais para o que aqui existe. A realidade morreu há pouco. Ou, há muito tempo já que nem tenha percebido?
É todo mundo muito certo, é todo mundo muito legal, as pessoas se abraçam, se retratam em esquinas virtuais, se manipulam por conexões atrativas sexuais, são a favor da paz, apologistas do amor, da pureza antidrogas, da consciência “limpa” em questão de altruísmo intimo... eu não sei não mas... acho que eu estou muito errado...
Talvez do lado de Ca da rua eu veja melhor a situação. Que situação. Que merda. Que rio de merda. Mas, o que se fazer? Nada?... tudo?... fazer alguma coisa?
Ir para algum lugar? Fazer o que??! Ir pra onde?? Maluuuco, já estamos aqui fodidos e perdidos, não há salvação, não há revelação, não há segredos! Somente se acabe da sua maneira. A sua, que talvez seja uma piada usar esta palavra.
Ta todo o barco furado desde o inicio dos tempos e nenhum grande otimismo o venceu. As marés querem nosso afogamento, as armas nossos frágeis corpos, tudo esta ruído se você não se aperceber. Encontre uma escapatória para a grande tecnologia. Encontre um limbo orgânico em sua alta maneira de percepção. No seu sonho eterno que teme tanto acordar. Sobre algum retrato passado que enfim foi queimado ou apenas rechaçado pelas grandes novidades. A vida foi vendida a esse preço. E toda ela usada como a prostituta de luxo destas grandes figuras respeitáveis.
Todos cercados por si mesmos por uma sugestão externa. Acatam as ordens de coisas que se apresentam superiores. Perdem o jogo antes de entrarem em campo. E adianta acordar toda essa gente??? Não!!! Quero que se foda!!! Acredito na breve sensação de cansaço alcançado pelas vias receptivas destes elementos, os canais divinos para a grande ELETRICIDADE! Ela quer alcançar o Maximo de seu poder cósmico por que isso representa a existência. Ela quer rasgar a si mesma de tanta força interior! Não será mais algo entre algum instante de tudo... morrerá por si mesma... e talvez alcance a sua próxima face numa mentira. Só assim terá novamente o poder de renascer.
Um dia é como outro qualquer. Apenas há a sensação de que tudo é diferente.
Realmente, muito menti a mim mesmo. Mas eu sempre descobria a verdade, perdeu a graça.
Agora sou uma coisa que não existe. Nada enfim perceberá a mim. Apenas uma garrafa que ao se quebrar deixará de ser garrafa e será, garrafa quebrada.
Nenhum estado é eterno. A prova disso é que é mentira.
Nada do que falei foi o que quis. Nada do que digo eu disse. Porra nenhuma disso entendo. O que se revela é o que se movimenta? O que te convence é teu superior?
Qual enigma restou ser desvendado pelos detentores do poder? Acho que nenhum, pois eles gozam de tudo olhando longe sua grande mesa de bilhar e, vez ou outra, atacam algumas peças com tiros certeiros. É tudo nosso? Não, é tudo DELES. De quem? Sei La, não me pergunte. Na verdade isto realmente nos serve apenas como rompimento umbilical com a farsa. Uma brecha no ar sujo e torpe a qual nadamos. Agora, comece a destruir tudo. Comece por si mesmo, comece sua própria morte, comece seu próprio ritual mentiroso, que ejetara um filho diabólico, um novo perigo para o mundo! Isso precisa acontecer, você precisa acontecer. E tudo resta cair, para vermos a queda. Ruir os monumentos, a historia, toda grande calunia, todo grande delírio a razão! Vamos viver de sexo, musica e entorpecentes! Dos mais altos e variados modos! Apenas loucos seres nascidos do vazio! Comemorando porra nenhuma! Vivendo de porra nenhuma! Deixar de ser estereótipo de padrão de vida urbana! Deixar de se acorrentar as ninharias do governo! Ao produto! Foda-se o produto! Dane-se a indústria, eu quero o sexo! E quem quiser beber que faça a sua bebida! E quem quiser comer que procure! Ou troque, dane-se. Mas a venda será pena de morte! A venda será o crime primeiro, como a maça do Éden! A VENDA nos corrompe. A VENDA, cria patrões. A VENDA, nos rouba. Atrai-nos e nos rouba. Seduz-nos e nos convence. “entre, venha, olhe,...” tudo será em si perdoado, menos a VENDA. Enfim, não acreditem em mim.
No paraíso lúbrico viver não é acordar para um novo dia. É ter apenas um momento. Seja qual for. Seja há quanto tempo for.
Recém chegado da mentira, talvez isso não faça sentido, talvez nós não tenhamos sentido, pois então, morra é tudo que digo.
xxx

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